Fernando Ulrich “ultrapassa o discurso politicamente correto”, diz Faria de Oliveira

  • Rita Atalaia
  • 26 Abril 2017

No último dia de Ulrich na presidência executiva do BPI, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos caracteriza o gestor como alguém que "nunca se coíbe de dizer o que pensa".

Faria de Oliveira não poupa nos elogios a Fernando Ulrich. No último dia do gestor na liderança executiva do BPI, que vai agora ser ocupada por Pablo Forero, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) afirma que o presidente do banco português ultrapassou o “discurso politicamente correto”, mantendo-se fiel às suas convicções. Uma posição que, segundo Faria de Oliveira, permitiu um “desempenho bastante positivo” do BPI, mesmo durante o período da crise financeira e soberana.

“Aliando a sua muito forte personalidade e fidelidade às suas convicções com a sua competência e defesa intransigente dos interesses do BPI, nunca se coíbe de dizer o que pensa, ultrapassando o discurso politicamente correto, denunciando e esclarecendo.” É assim que o presidente da APB caracteriza Fernando Ulrich, em declarações ao ECO. Desde “se os sem-abrigo aguentam, porque é que nós não aguentamos?”, até “o dia em que batermos na parede não está muito longe”, muitas foram as frases polémicas ditas por Fernando Ulrich desde que está à frente do BPI.

Aliando a sua muito forte personalidade e fidelidade às suas convicções com a sua competência e defesa intransigente dos interesses do BPI, nunca se coíbe de dizer o que pensa, ultrapassando o discurso politicamente correto, denunciando e esclarecendo.

Fernando Faria de Oliveira

Presidente da Associação Portuguesa de Bancos

Hoje, depois de cerca de 13 anos, o gestor passa a liderança do BPI a Pablo Forero, diretor-geral do CaixaBank. Forero está no banco catalão desde 2009 e este é o cargo mais alto que irá assumir numa instituição bancária. Licenciado em Economia e especializado em macroeconomia pela Universidade Autónoma de Madrid, Forero acumula cargos de liderança desde a década de 80.

Fernando Ulrich soube conduzir e manter a estabilidade, solidez e eficiência da instituição num mandato passado, grosso modo, em ambiente de crise financeira e, mais tarde, de crise soberana. Foram anos que trouxeram uma mudança drástica de paradigma para o setor bancário e de quadro regulatório e de supervisão, obrigando a um forte ajustamento dos modelos de negócio dos bancos“, realça. E é por isso que o “BPI teve, sob a sua liderança, um desempenho bastante positivo“, defende o presidente da APB.

E no futuro? Faria de Oliveira está confiante de que Ulrich continuará a desempenhar um papel importante no setor bancário e “em concreto, no BPI, instituição que sempre quis forte, moderna e de confiança”. Sobre os planos que o novo presidente-executivo tem para o BPI, pouco se sabe. Na conferência de imprensa onde foram apresentados os resultados da Oferta Pública de Aquisição lançada pelo CaixaBank sobre o banco português, Forero falou pouco e disse apenas querer manter o foco comercial do BPI.

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