Ulrich deverá receber 465,5 mil euros de remuneração variável no BPI

  • Lusa
  • 23 Abril 2017

Os trabalhadores do BPI já receberam este mês os prémios de desempenho, com valor mínimo de 300 euros. Proposta de remuneração variável para a comissão executiva do banco votada quarta-feira.

O Banco BPI pagou este mês prémios aos trabalhadores, como tem sido prática nos últimos anos, disseram à Lusa funcionários da instituição financeira ainda liderada por Fernando Ulrich. A remuneração variável tem um valor mínimo superior a 300 euros e foi paga a 12 de abril.

A decisão de pagar esta prestação extraordinária foi tomada pela comissão executiva do banco, liderada por Fernando Ulrich, que cessará esta semana as funções de presidente executivo, na sequência da tomada de controlo do BPI pelo grupo espanhol ‘Caixabank.

Os acionistas do BPI reúnem-se esta quarta-feira em assembleia-geral, que servirá para aprovar as contas de 2016 (ano em que teve lucros de 313,2 milhões de euros, mais 32,5% do que em 2015) e a aplicação de resultados, uma reunião que tem ainda um ponto respeitante à remuneração variável a ser paga à comissão executiva que termina mandato.

Segundo a proposta feita pela comissão de remunerações e disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o maior valor proposto é para Fernando Ulrich, de 465,5 mil euros. António Domingues, que foi vice-presidente do BPI durante parte do ano de 2016, antes de assumir funções como presidente da Caixa Geral de Depósitos (num curto e polémico mandato de quatro meses), receberá 106,7 mil euros.

Aos restantes vogais da comissão executiva, José Pena do Amaral, Maria Celeste Hagatong, Manuel Ferreira da Silva, Pedro Barreto e João Pedro Oliveira e Costa, de acordo com a referida proposta, deverão ser pagos 328,6 mil euros a cada um.

O valor da remuneração variável será pago 50% em dinheiro, de imediato, e os restantes 50% de forma diferida no tempo.

BPI entra quarta-feira numa nova era

A assembleia-geral de quarta-feira implicará a entrada do BPI numa nova era, isto depois de em fevereiro o espanhol Caixabank ter passado a controlar o banco, ao conseguir ficar com quase 85% do capital social na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA).

Desde logo, na reunião serão deliberados os novos órgãos sociais para o triénio 2017/2019, esperando-se que sejam aprovados sem percalços tendo em conta que o Caixabank tem a grande maioria do capital. O espanhol Pablo Forero será o novo presidente executivo, substituindo Fernando Ulrich, que passará a presidente do Conselho de Administração (‘chairman’) do banco.

Já Artur Santos Silva, fundador do BPI e atual ‘chairman’, ficará como presidente honorário do Banco BPI e presidente de uma nova comissão dedicada à responsabilidade social.

Segundo a proposta definitiva divulgada ao mercado e que irá a votos na assembleia-geral, o novo Conselho de Administração do BPI na ‘era Caixabank’ contará com Fernando Ulrich como presidente (‘chairman’), dois vice-presidentes (Pablo Forero, o presidente executivo, e António Lobo Xavier) e com 16 vogais (Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Cristina Rios Amorim, Francisco Barbeira, Gonzalo Rotaeche, Ignacio Alvarez-Rendueles, João Oliveira e Costa, José Pena do Amaral, Javier Riera, Juan Alcaraz, Juan Fuertes, Lluís Pi, Pedro Barreto, Tomas Jervell, Vicente Barutel e ainda um representante da seguradora Allianz).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Ulrich deverá receber 465,5 mil euros de remuneração variável no BPI

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião