Portugal com maior aumento das vendas a retalho na Zona Euro em maio
O volume de negócios no comércio a retalho cresceu 3,2% em maio em relação a abril, alargando ainda mais a divergência face ao abrandamento que o setor tem registado na Zona Euro.
Portugal foi o país mais dinâmico da Zona Euro em maio no comércio a retalho. Enquanto na área do euro o volume de negócios do setor se manteve inalterado face a abril, em Portugal aumentou 3,2%, quando no mês anterior tinha descido 1,8%, segundo dados publicados esta quinta-feira pelo Eurostat.
A comparação homóloga face a maior de 2022 também reforça a ideia de que o setor em Portugal está a crescer, enquanto na Zona Euro a dinâmica é de queda: em relação a maio de 2022, o volume de negócios do comércio a retalho em Portugal cresceu 3% e na área do euro diminuiu 2,9%. Entre os países da moeda única, Portugal foi apenas superado por Espanha (7,3%) e Chipre (6,1%).
Esta divergência face à Zona Euro não ocorreu apenas em maio. Persiste desde o final do ano passado, com o volume de negócios do setor a crescer 6,1% em Portugal face a apenas 0,27% no espaço da moeda única.
Por segmento retalhista, na área do euro, os produtos alimentares, bebidas e tabaco apresentaram uma descida de 0,5% face a abril, enquanto os combustíveis para automóveis decresceram 0,5% comparativamente ao mês anterior. O volume de negócios aumentou apenas para os produtos não alimentares (+0,1%), segundo o Eurostat.
Face a maio do ano passado, entre os países da moeda única, o volume do comércio a retalho diminuiu 3,5% para os produtos alimentares, bebidas e tabaco, 2,2% para os combustíveis para automóveis e 2,1% para os produtos não alimentares.
Comércio a retalho em queda também na UE
Na União Europeia (UE), o volume de negócios do comércio a retalho decresceu em maio, tanto em termos mensais como em termos homólogos — 3% e 0,1%, respetivamente.
Para os produtos alimentares, bebidas e tabaco, verificou-se um recuo de 0,3% do volume de negócios em maio face a abril, tendo-se mantido inalterado para os produtos não alimentares e aumentando 0,3% para os combustíveis para automóveis.
Entre os 27 Estados-membros do bloco, a Eslovénia (-5,3%), o Luxemburgo (-4,5%) e a Polónia (-3,7%) registaram as maiores descidas na variação em cadeia. Nos maiores aumentos do volume de negócios do retalho, apenas a Roménia (+3,3%) superou o desempenho Portugal, destaca o gabinete de estatísticas da UE.
O volume do comércio a retalho diminuiu, em termos homólogos, 3,5% nos produtos alimentares, bebidas e tabaco, 2,5% nos combustíveis para automóveis e 2,4% nos produtos não alimentares.
Os maiores decréscimos anuais no volume total do comércio a retalho foram registados na Eslovénia (-13,4%), na Hungria (-12,3%) e na Estónia (-9,6%), enquanto Espanha (+7,3%), Chipre (+6,1%) e Malta (+3,3%) tiveram os maiores aumentos.
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