Mutares suspendeu negociações de compra da Jayme da Costa desde que foi selecionada para a Efacec
Só depois da compra da Efacec, que deverá acontecer até ao final do mês nas avaliações mais positivas, é que a Mutares irá avaliar as possíveis sinergias entre as duas empresas, apurou o ECO.
A Mutares suspendeu as negociações de compra da Jayme da Costa desde que foi selecionada para comprar a Efacec, sabe o ECO.
O ministro da Economia recordou na quinta-feira, no Parlamento, que a Mutares já estava em Portugal, antes mesmo de ser selecionada para comprar 71,73% da Efacec, a trabalhar com a Jayme da Costa. A Mutares fez uma oferta de compra desta empresa de fabrico de equipamentos elétricos e sistemas eletromecânicos, que é detida a meias por um fundo da Core Capital e pela Visabeira, que, em consórcio com a Sodecia, também concorreu à compra da Efacec.
Mas as negociações estão paradas desde que o Governo anunciou a 7 de junho que tinha aprovado a proposta da Mutares para a privatização da Efacec, apurou o ECO, e, uma vez que o período de exclusividade já terminou, já há novas opções a serem exploradas.
A Jayme da Costa foi ressuscitada através de um Processo Especial de Revitalização (PER) e da entrada da Core. A empresa replica em menor escala as áreas de negócio da Efacec e, segundo avançou o Expresso, já absorveu mais de duas dezenas de quadros da empresa. O seu presidente executivo é Fernando Lourenço, um antigo quadro da Efacec, onde trabalhou 25 anos, que chegou a ser administrador já após a entrada de Isabel dos Santos na empresa.
Ora, foi a complementaridade entre a Efacec e a Jayme da Costa que despertou o interesse do fundo alemão. Ao que o ECO apurou, esse interesse não desapareceu, mas está condicionado ao resultado da reprivatização da Efacec.
Ou seja, só depois da compra da Efacec – que deverá acontecer até ao final do mês, nas avaliações mais positivas – é que a Mutares irá avaliar as possíveis sinergias entre as duas empresas. Recorde-se que enquanto a Efacec tem estado num lento processo de desvalorização, tendo em conta o impasse na operação de reprivatização, a Jayme da Costa já está recuperada, com a dívida saldada, mas a precisar de ganhar escala.
Os números finais da venda da Efacec ao fundo alemão Mutares ainda não estão “completamente apurados”, mas o ministro da Economia está confiante que o “processo vai terminar de acordo com o planeado”. “Espero que a Mutares, que está já a trabalhar com a Efacec, faça aquilo com que se comprometeu. Tem um plano para a conservação da companhia e para aproveitar o seu potencial tecnológico, trabalhando nos seus mercados alvo”, disse Costa Silva na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, recusando dar mais detalhes porque “tudo o que possa dizer, nesta fase, em termos de números, não vai contribuir para a solução.
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