BCP quer regressar aos dividendos em 2024. BCE tira 10 milhões ao banco
Miguel Maya avançou que o banco quer regressar ao pagamento de dividendos aos acionistas no próximo ano e revelou que fim da remuneração das reservas custará 10 milhões.
Apresentação dos resultados do 1S 2023 do Millennium BCPO BCP quer regressar aos dividendos no próximo ano, revelou esta quinta-feira o CEO do banco, Miguel Maya. A instituição vai ter um impacto de 10 milhões de euros com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar a remuneração das reservas mínimas.
“No nosso plano estratégico, o tema do pagamento dos dividendos está claríssimo. É normal pagar dividendos. É expectável que o banco pague dividendos. E é essa claramente a nossa intenção em 2024 relativamente ao exercício de 2023“, referiu o CEO Miguel Maya na conferência de apresentação dos resultados.
De acordo com o gestor, o banco não tem limitações regulamentares em relação à distribuição de dividendos.
O BCP não pagou dividendos no último exercício. Miguel Maya lembrou que a proposta de não distribuir resultados pelos acionistas foi aprovada por larga maioria na assembleia geral, porque “era positivo para a afirmação e desenvolvimento do banco” em face do contexto desafiante. O cenário mudou agora.
Já questionado sobre a decisão do BCE de cortar para 0% a remuneração das reservas mínimas, conhecida esta quinta-feira e que entra em vigor a 20 de setembro, Miguel Maya adiantou que irá custar cerca de dez milhões de euros por ano, ainda que seja um valor variável pois evolui em função do crescimento do banco.
Em relação aos Certificados de Aforro, o CEO disse que ainda não está a analisar a possibilidade de comercializar este produto. “O BCP não é indiferente às condições, há muitas variáveis em jogo”, frisou. Também afastou que tivesse tido qualquer conversa com o Ministério das Finanças sobre a redução da taxa de juro. “Nem conversa de corredor, que fique claríssimo. Não houve uma única conversa sobre esta matéria”, atirou Maya.
O BCP registou lucros de 423,2 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 580% em relação ao mesmo período do ano passado.
A subida dos juros ajudou no negócio do banco liderado por Miguel Maya na primeira metade do ano, apesar de a atividade na Polónia continuar a pesar nas contas devido ao caso dos créditos em francos suíços.
(Notícia atualizada às 18h17)
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