Bancos dizem que “não é exequível” mudar a Euribor
A European Money Markets Institute (EMMI) já deu o seu parecer sobre as alterações à fórmula de cálculo da taxa que serve de base às prestações dos créditos. Diz que "não é exequível" mudar.
A Euribor vai mudar? Não, de acordo com os bancos. A European Money Markets Institute (EMMI), responsável pela taxa que serve de base às prestações dos créditos, diz que alterar a fórmula de cálculo para um modelo baseado nas transações efetivamente realizadas entre os bancos “não é exequível”, por agora. Vai ser desenvolvido um modelo híbrido que responda às atuais condições do mercado enquanto é feita a reforma da taxa.
“A análise da EMMI concluiu que nas atuais condições de mercado não será exequível evoluir a atual metodologia de cálculo da taxa para uma metodologia totalmente baseada em transações”, refere o comunicado. “Esta conclusão foi corroborada pela análise levada a cabo pelo regulador do mercado de capitais belga, o Belgian Financial Services and Markets Authority (FSMA)”, remata.
"A análise da EMMI concluiu que nas atuais condições de mercado não será exequível evoluir a atual metodologia de cálculo da taxa para uma metodologia totalmente baseada em transações”
A definição dos valores diários da Euribor resulta, atualmente, da comunicação por um conjunto de bancos da Zona Euro da taxa a que estão disponíveis para concederem empréstimos a outros bancos em diferentes prazos (desde semanas a vários meses). Com a taxa em terreno negativo, e depois de vários escândalos de manipulação de juros, foi aventada a possibilidade de ser revista a fórmula de cálculo.
A conclusão é de que por agora não será possível fazer essa transição, mas há o compromisso de que deverá fazer-se no futuro. “A EMMI já implementou uma reforma robusta ao quadro regulatório da Euribor. Mantemos o compromisso para a reforma da taxa, passando a baseá-la em transações reais”, mas vai demorar. E a ideia é criar, primeiro, um modelo híbrido.
“Durante os próximos meses iremos focar-nos em desenvolver uma metodologia híbrida, capaz de se ajustar às atuais condições de mercado”, diz Guido Ravoet, secretário-geral da EMMI. A Euribor, acrescenta, continuará a ser baseada nos contributos dos bancos enquanto esse modelo estiver a ser desenvolvido.
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