Comissão consultiva aprova plano do Governo para exploração de eólicas no mar
Plano de afetação de áreas marítimas para energias renováveis recebeu “luz verde” da comissão consultiva criada pelo Ministério da Economia. Consulta pública será divulgada "a curto prazo".
A comissão consultiva criada pelo Governo deu “luz verde” à proposta do plano de afetação para exploração de energias renováveis, de origem ou localização oceânica, apresentada pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira pelo Ministério da Economia, a consulta pública constituirá a próxima etapa deste processo e “será divulgada a curto prazo”.
A proposta serve para “apoiar e acompanhar os trabalhos de elaboração do plano de afetação de áreas e volumes do espaço marítimo nacional para a exploração de energias renováveis de origem ou localização oceânica“, entre elas, a energia eólica offshore. O Governo deverá lançar o primeiro leilão nacional ainda este ano.
Segundo o gabinete de António Costa Silva, os trabalhos da comissão consultiva foram presididos pela Direção-Geral de Política do Mar (DGPM) e decorreram de maio a setembro de 2023, tendo sido marcados por uma “forte participação e colaboração” das entidades que contribuíram decisivamente “para uma solução mais consensual e equilibrada ao nível da compatibilização dos usos e atividades no espaço marítimo nacional”.
Recorde-se que no caso da exploração das energias eólicas offshore, o setor piscatório e as associações ambientalistas alertaram para impactos na natureza e biodiversidade, tendo obrigado ao grupo de trabalho responsável pela elaboração das regras daquele que será o primeiro leilão de eólicas sobre o mar redefinir as áreas que serão licitadas.
“Com este plano, estão criadas as condições para o cumprimento da meta de uma capacidade instalada de dez gigawatts (GW) de energia renovável de origem ou localização oceânica assumida“, conclui a nota.
Segundo a proposta do subgrupo de trabalho, em Viana do Castelo existe a capacidade de serem explorados até 2 GW de capacidade – local que representa a maior fatia dos dez GW que o Governo pretende licitar, de forma faseada, até 2030. Até ao final do ano, serão colocados a concurso 3,5 GW que estão disponíveis para serem explorados ao largo de Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz, de acordo com a proposta do grupo de trabalho.
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