Moody’s volta a não se pronunciar sobre Portugal. Rating mantém-se em lixo

Pela segunda vez este ano, a agência Moody's não atualiza notação da dívida portuguesa, mantendo-na na categoria chamada "lixo".

A Moody’s voltou a não pronunciar-se sobre a dívida portuguesa, tal como estava previsto. É a segunda vez que acontece este ano, depois de a agência ter optado pelo silêncio no início de janeiro.

Com isto, a República portuguesa mantém-se com o rating de Ba1, considerado lixo e que se mantém desde julho de 2014. O outlook, que mostra a tendência de evolução da notação nos próximos meses, continuará também estável, o que indica que a agência norte-americana não pondera alterações ao rating para breve. A próxima avaliação está agendada para 1 de setembro.

Não foi só em relação a Portugal que a Moody’s se absteve de atualizar a notação da dívida. Também para esta sexta-feira estava prevista uma revisão do rating da dívida de Malta.

O ECO questionou a Moody’s sobre as razões que a levaram a não atualizar o rating novamente, mas não obteve ainda uma resposta.

Na última avaliação a Portugal, emitida a 15 de dezembro, a Moody’s deixou bem claro o que a preocupava na altura. Os maiores desafios de crédito que o país enfrentava no final do ano passada estavam sobretudo relacionados com os seguintes aspetos:

  • O elevado fardo da dívida do governo;
  • As perspetivas de crescimento moderadas num cenário de elevado endividamento do setor privado;
  • Fraqueza do setor financeiro.

Portugal continua a ser considerado um “investimento especulativo” para as três principais agências de rating mundiais, incluindo ainda a Fitch e a Standard & Poor’s.

Apenas a canadiana DBRS coloca a dívida nacional num patamar mais seguro, atribuindo-lhe grau de investimento, o que permite ao país manter-se qualificado para o programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE). Aliás, a DBRS reafirmou essa notação ainda no mês passado.

(Notícia atualizada às 23h04)

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