BCP dispara 5%. Analistas notam melhoria da qualidade dos ativos
Banco liderado por Nuno Amado registou lucros acima do esperado no primeiro trimestre, mas analistas destacam evolução positiva da carteira de ativos. Ações disparam mais de 5%.
Para os analistas, apesar de o lucro ter ficado acima do esperado, o que mais salta à vista nos resultados do BCP é a evolução positiva na qualidade dos ativos do banco liderado por Nuno Amado. Em bolsa, a comportamento é bastante positivo: as ações disparam mais de 5% para máximos de seis meses.
“Testemunhámos uma evolução positiva na carteira de NPE (non performing exposure) e NPA (non performing assets), enquanto os lucros superaram o consenso com provisões aquém do esperado”, sublinham os analistas do BPI Research, que têm o título do BCP sob revisão. Também André Rodrigues, do CaixaBI, sublinhou a “evolução positiva da qualidade de ativos do banco (…), da carteira de crédito produtiva (+0,8% YoY) e dos rácios de capital”.
“A confirmação da redução gradual do custo do risco de crédito será um indicador chave para o BCP nos próximos trimestres. Não tendo existido desvios recorrentes significativos face às nossas estimativas, mantemos uma visão positiva para o investment case“, diz André Rodrigues, que atribui uma recomendação de “compra” para o BCP com um preço alvo de 0,25 euros.
As ações do BCP disparam esta terça-feira 5,34% para 0,2366, naquela que é a cotação intradiária mais elevada desde dezembro do ano passado. O PSI-20, o principal índice português, ganha 0,81% para 5.274,79 pontos.
BCP destaca-se em Lisboa
O banco continua a sua recuperação em bolsa, depois do aumento de capital de mais de 1.300 milhões de euros realizado em fevereiro ter afundado o valor das ações.
Esta segunda-feira, a instituição liderada por Nuno Amado apresentou lucros de 50 milhões de euros no exercício do primeiro trimestre, um crescimento do resultado que surpreendeu os analistas. Justificação: menos provisões. A margem financeira ascendeu a 332,3 milhões de euros, aumentando 13,7% face ao período homólogo de 2016.
"A confirmação da redução gradual do custo do risco de crédito será um indicador chave para o BCP nos próximos trimestres. Não tendo existido desvios recorrentes significativos face às nossas estimativas, mantemos uma visão positiva para o investment case.”
Mas é a limpeza do balanço do banco que os analistas mais destacam nas análises às contas do BCP. De acordo com as contas do BPI Research, que notam uma “evolução positiva nas métricas de qualidade dos ativos”, os NPE caíram 2% face ao trimestre anterior para 9,2 mil milhões de euros. No geral, os NPAs (que incluem os NPE e outros ativos) caíram dos 11,2 mil milhões de euros em dezembro para 10,9 mil milhões em março.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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