Exclusivo Grupo Valverde ganha a concessão do Palácio de Seteais
Consórcio vencedor, do qual faz parte Godinho Lopes, vai pagar uma renda de 18,49 milhões ao longo dos 30 anos da concessão. São cerca de 616 mil euros anuais. E garante 22,65 milhões para obras.
Ao fim de 68 anos, a gestão do Palácio de Seteais, em Sintra, vai mudar de mãos. A empresa de Pedro Mendes Leal, que teve uma participação nos hotéis boutique Bairro Alto e é dona do Valverde na Avenida da Liberdade, em Lisboa, assim como o Valverde Santar Hotel & Spa, localizado na antiga Casa das Fidalgas em Nelas, foi a vencedora do primeiro concurso público internacional para a concessão do Seteais. O contrato será assinado até ao final deste mês.
E, de acordo com a informação avançada ao ECO pela Parques de Sintra – empresa pública que faz a gestão dos imóveis turísticos em Sintra –, o consórcio vencedor vai pagar uma renda no valor de 18,49 milhões de euros ao durante os próximos 30 anos, quando termina o prazo da concessão. O valor representa cerca de 616 mil euros anuais. E além deste valor, os novos gestores da exploração do Seteais garantem uma verba de 22,65 milhões de euros para obras de manutenção e requalificação do edifício, durante o período da concessão.
Com estes valores, o consórcio – do qual faz ainda parte Godinho Lopes (presidente do Sporting entre 2011 e 2013 que entre 2003 a 2018 exerceu diversos cargos na área do imobiliário e Turismo, tendo sido o dono o Intercontinental do Estoril e do Porto (Palácio de Cardosas) – garantiu o primeiro lugar do concurso, que tinha como um dos critérios o melhor preço.
Pelo caminho ficaram empresas como o grupo Pestana, a Sonae Capital, a Visabeira, a Minor que detém a rede Tivoli ou o grupo The Fladgate Partnership, que também apresentaram propostas no concurso que contou com oito candidatos.
Desde 1955 que a unidade hoteleira de cinco estrelas estava a cargo da rede Tivoli – que até 2016 pertencia ao Grupo Espírito Santo – e nunca foi a concurso público.
Além do critério do melhor preço, para explorar o hotel, cuja propriedade é do Estado, através do Turismo de Portugal, era exigido aos candidatos que tivessem “experiência na gestão hoteleira superior a dez anos” em Portugal ou num país da União Europeia e que se encontrem a gerir atualmente “pelo menos três hotéis de 4 a 5 estrelas” com “pelo menos 200 quartos”, referia o anúncio publicado em Diário da República.
Fora do concurso ficaram os candidatos que em 2022 tiveram receitas na atividade hoteleira abaixo de dez milhões de euros. O valor da renda paga ao Estado pelo Tivoli era de 0,5% da receita líquida de impostos.
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