Membro do BCE antecipa “subida temporária da inflação nos próximos meses”
“Os preços da energia continuam como principal fonte de incerteza perante tensões geopolíticas e o impacto de medidas financeiras”, disse Luis de Guindos.
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, apontou esta segunda-feira que as atuais taxas de juro deverm ser suficientes para que a inflação desça para o objetivo de 2% a médio prazo.
Na abertura da conferência bancária Euro Finance Week, em Frankfurt, De Guindos registou que o BCE antecipa uma “subida temporária da inflação nos próximos meses”, remetendo para o abrandamento dos efeitos de base referentes ao outono de 2022, quando houve um aumento acentuado dos preços da energia e dos alimentos.
Apesar desses elementos, o BCE “prevê que o processo desinflacionário continue a médio prazo”. “Os preços da energia continuam como principal fonte de incerteza perante tensões geopolíticas e o impacto de medidas financeiras”, disse Luis de Guindos.
“O mesmo é verdade para os preços dos alimentos, que também poderão enfrentar pressões crescentes devido a fenómenos meteorológicos mais adversos e a uma crise climática mais abrangente”, acrescentou o vice-presidente do BCE.
Luis de Guindos sublinhou que o BCE está determinado em garantir que a inflação regresse aos 2%. “Com base na nossa avaliação atual, consideramos que as taxas de juro diretoras do BCE se encontram em níveis que, caso sejam mantidos por tempo suficiente, contribuam significativamente para este objetivo”, disse o responsável.
Desde que iniciou o aumento das suas taxas de juro diretoras em julho de 2022, estas já subiram 450 pontos base, tendo o banco central europeu decidido, no final de outubro, manter as taxas de juro de referência pela primeira vez, após 10 subidas consecutivas, depois de abrandamentos generalizados dos indicadores de inflação pela Europa.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
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