Governo espera que projetos de lítio tenham continuidade apesar de “suspeitas” lançadas na operação Influencer

"Gostávamos muito que os projetos futuros no país fossem além das circunstâncias da semana passada e de um clima de suspeita e desconfiança relativamente a esta matéria", indicou Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, manifestou o desejo de que os projetos de lítio que estão previstos para avançar em território português “fossem além das circunstâncias da semana passada”, referindo-se às suspeitas lançadas no âmbito da Operação Influencer, que derrubou o Governo.

“Gostávamos muito que os projetos futuros no país fossem além das circunstâncias da semana passada, e de um clima de suspeita e desconfiança relativamente a esta matéria”, indicou Duarte Cordeiro, na sessão plenária na qual apresenta as propostas na área do Ambiente desenhadas pelo seu Governo, no âmbito do Orçamento do Estado para 2024, enquanto se debruçava sobre as matérias ligadas ao lítio.

O ministro confirmou ainda a intenção de “lançar um concurso de lítio até ao final do ano” e que afirmou que previa avançar com uma alteração “do ponto de vista da criação de condições para reforçar royalties do território e de melhores condições e desenvolvimento do lítio em Portugal”.

“Foi a presidente da Comissão Europeia que referiu a necessidade” de explorar lítio a nível europeu, disse o ministro. “Estamos convictos que é uma agenda importante para o país”, em termos económicos, reforçou. Na apresentação, contabilizou, na área de Prospeção e Pesquisa, Extração, Refinação e Baterias, mais de 9.000 milhões de euros de intenções de investimento já apresentadas, implicando 8.000 empregos diretos.

Estas declarações surgem depois de, na passada terça-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, se ter demitido na sequência de uma investigação do Ministério Público, que se debruça sobre factos relacionados com “as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas)”, assim como “um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e “o projeto de construção de data center” desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade “Start Campus”.

A Câmara de Montalegre já avançou que vai interpor uma providência cautelar para travar a exploração de lítio no concelho, face a esta investigação que ficou conhecida como Operação Influencer.

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