Operação Influencer: “Sou inocente”, diz presidente da Câmara de Sines
"Sou inocente, convicto de que sempre pautei a minha conduta na presidência da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público", disse Nuno Mascarenhas.
O presidente da Câmara Municipal de Sines afirmou esta terça-feira estar inocente no âmbito do processo Operação Influencer. Nuno Mascarenhas foi libertado na segunda-feira, após ter estado quase uma semana detido na PSP de Moscavide.
“Sou inocente, convicto de que sempre pautei a minha conduta na presidência da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público”, referiu em declarações transmitidas pela Sic Notícias.
O autarca sublinhou ainda que o seu papel foi de “colaborar com a justiça”, tendo prestado todos os esclarecimentos necessários à justiça. “A justiça falou e decidiu afirmar a minha inocência. A justiça fez o seu papel e concluiu que não existiu qualquer ilícito“, acrescentou.
Na segunda-feira, o juiz de instrução da Operação Influencer decidiu deixar em liberdade todos os arguidos, entre eles Nuno Mascarenhas. Para o juiz não existia indiciação de qualquer crime relativo ao presidente da Câmara Municipal de Sines e não validou os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos.
Segundo o comunicado do Tribunal Central de Instrução Criminal, o juiz Nuno Dias Costa considerou que Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária estão “fortemente indiciados” em co-autoria e na forma consumada de um crime de tráfico de influência. Por seu lado, entendeu que Afonso Salema e Rui Oliveira Neves estão indiciados em co-autoria de um crime de tráfico de influência e um crime de oferta indevida de vantagem. Em relação à empresa Start Campus, o juiz entendeu que esta se mostra “fortemente indiciada” de um crime de tráfico de influência e de um crime de oferta indevida de vantagem, cuja prática se concretizou através dos administradores Afonso Salema e Rui Oliveira Neves. Leia aqui quais os crimes que foram invocados pelo Ministério Público para cada arguido.
A operação da passada terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.
O primeiro-ministro demitiu-se, na terça-feira, depois de saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.
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