Fundos nacionais carregam carteiras com dívida portuguesa

Os gestores nacionais reforçaram em 35% a aposta em dívida portuguesa. No final de abril, estavam investidos 365 milhões de euros em obrigações lusas. Nas ações, o BCP é o eleito.

Os fundos de investimento nacionais detinham 365 milhões de euros em dívida pública nacional, no final de abril. Este valor representa um aumento de 35% desde o início do ano, sinalizando maior confiança dos gestores em relação a Portugal.

De acordo com os dados da CMVM, a dívida pública portuguesa representava no final do mês passado 3,2% do total de ativos nas carteiras dos fundos nacionais, um aumento da exposição ao país que acontecerá por duas vias: pela aquisição de obrigações do governo e também pela valorização dos títulos que detinham anteriormente. Os juros associados às obrigações a dez anos iniciaram o ano nos 3,7%, mas já negoceiam ao nível mais baixo desde novembro do ano passado.

Em sentido contrário, nos primeiros quatro meses, os gestores nacionais viram as suas carteiras com dívida pública estrangeira emagrecer 7%, detendo um total de 850 milhões de euros com títulos internacionais no final de abril.

E ações? BCP continua no topo das preferências

No mercado acionista nacional, os fundos portugueses geriam um total de ativos de 174,1 milhões de euros no final de abril, correspondendo a um crescimento ligeiro de 0,4% face a março.

O BCP foi o título que mais pesou nas carteiras dos fundos, representando 9,6% do total investido (16,7 milhões de euros), com uma subida mensal de 4,2% — o valor investido nas ações do banco liderado por Nuno Amado cresceu 75% em 2017. Em abril, as ações do banco acumularam uma valorização de 4,4%, depois do ganho mensal de 30% em março. No topo das preferências seguem-se a Galp (15,7 milhões de euros) e Sonae (14,9 milhões de euros).

Em termos internacionais, a principal aposta dos gestores portugueses mantinha-se: a norte-americana Apple continua a ser a preferida, embora o valor investido na fabricante dos iPhones tenha caído 9,4% em abril para os 20,9 milhões de euros. Entre as ações internacionais eleitas estão ainda a alemã Siemens e a norte-americana Johnson & Johnson.

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