Montepio esclarece que “não há qualquer correção a efetuar nas contas”
Gestão liderada por Félix Morgado esclareceu o mercado que não há qualquer retificação a efetuar nas contas do terceiro trimestre do ano passado, desmentindo pressão para rever uma alegada mais-valia.
A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) esclareceu o mercado de que “não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais” do terceiro trimestre de 2016. O banco acrescenta ainda que não é verdade que o Conselho Geral e de Supervisão da CEMG tenha pressionado a gestão “no sentido de rever uma alegada mais-valia (que não existiu)”.
A reação surge depois de, esta quarta-feira, o jornal Público (acesso pago) ter revelado que a comissão executiva, liderada por José Félix Morgado, recebeu instruções do conselho de supervisão do banco para corrigir os números do terceiro trimestre. Em vez de lucros de 144 mil euros, deveria ter declarado prejuízos de 23,8 milhões de euros e, a bem da transparência, deveria informar a CMVM dessa correção, mesmo que as contas anuais, entretanto divulgadas, já tenham refletido essa realidade.
Em causa está a anulação de um movimento financeiro que em setembro do ano passado “gerou lucros artificiais de 24,1 milhões de euros”, envolvendo a venda de 19% na I’m Minining (minas de Aljustrel) à Vogais Dinâmicas, uma sociedade constituída pelo banco a 29 de setembro de 2016, justamente dois dias antes do fecho do balanço do terceiro trimestre.
No entanto, no esclarecimento enviado ao regulador durante a madrugada desta quinta-feira, a CEMG reafirma as contas apresentadas no exercício do terceiro trimestre. “As contas publicadas referentes ao trimestre findo a 30 de setembro de 2016 não refletem nos resultados qualquer mais-valia extraordinária resultante da venda de participações sociais. Por consequência, não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais apresentadas pela CEMG”, diz a instituição.
"As contas publicadas referentes ao trimestre findo a 30 de setembro de 2016 não refletem nos resultados qualquer mais-valia extraordinária resultante da venda de participações sociais. Por consequência, não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais apresentadas pela CEMG.”
Logo de seguida, desmente “que o Conselho Geral e de Supervisão tenha tomado qualquer posição no sentido de se rever uma alegada mais-valia (que não existiu), não tendo obviamente este Conselho de Administração Executivo recebido nenhuma solicitação nesse sentido do Conselho Geral e de Supervisão”.
Informa ainda que o lucro declarado de 144 mil euros “assentou no crescimento da margem financeira de +10,3% e na redução de 8,4% dos custos operacionais”.
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