Faria de Oliveira: Bancos vão ficar “penhorados por 30 anos”
O presidente da APB afirma que a renegociação do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução vai manter a banca "penhorada durante 30 anos ou mais".
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) afirma que a banca vai ficar “penhorada” durante 30 anos. Isto depois de ter sido adiado o prazo de pagamento do empréstimo que o Governo cedeu ao Fundo de Resolução. Faria de Oliveira salienta que a “taxa de juro do empréstimo e o custo desse empréstimo” não correspondem.
“De facto não há uma correspondência entre a taxa de juro do empréstimo e o custo desse empréstimo. A contrapartida que existe é que fica o setor bancário totalmente penhorado por 30 anos ou mais“, afirma Faria de Oliveira num encontro com jornalistas, de acordo com o Jornal Económico (conteúdo pago).
"De facto não há uma correspondência entre a taxa de juro do empréstimo e o custo desse empréstimo. A contrapartida que existe é que fica o setor bancário totalmente penhorado por 30 anos ou mais.”
O presidente da APB esclareceu que a “taxa de juro fixada terá tido em conta três fatores: a garantia da sustentabilidade do Fundo de Resolução, a garantia de estabilidade do setor financeiro e o custo do financiamento do Estado, que terá tido também em conta que a taxa é revista de cinco em cinco anos”.
O Ministério das Finanças explicou que a taxa de juro a aplicar aos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução “teve por base o custo de financiamento da República Portuguesa, acrescido de uma comissão” e garante que vai sendo “periodicamente atualizada”. Esta atualização será feita “de forma compatível com o indexante a considerar”, mas também “permitindo manter as condições de solvabilidade do Fundo de Resolução.”
Mas estas contas vão ser explicadas quando o Fundo de Resolução enviar os cálculos ao Parlamento, como revelou o presidente da comissão diretiva da entidade na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças sobre a situação do Banco Espírito Santo e Novo Banco.
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