Novo Banco com prejuízos de mais de 130 milhões no trimestre
O banco de transição manteve-se no vermelho. Mas conseguiu reduzir os prejuízos face ao mesmo período do ano anterior. Uma melhoria que resultou da diminuição dos custos e imparidades.
O banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES) terminou os primeiros três meses do ano com um prejuízo de mais de 130 milhões de euros. Apesar de o resultado ainda ser negativo, melhorou em relação ao mesmo período do ano passado. Uma recuperação que resultou da diminuição dos custos e das imparidades.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2017 confirmam a tendência de retoma da normalidade de funcionamento do Grupo Novo Banco e o seu posicionamento como um dos bancos com maior implantação no tecido empresarial nacional, mantendo adequados níveis de liquidez e solvabilidade e promovendo a constante melhoria dos níveis de rendibilidade e de eficiência, simplificando processos e otimizando a estrutura organizativa e funcional”, lê-se no comunicado enviado pelo Novo Banco à CMVM.
No primeiro trimestre do ano, o banco liderado por Nuno Amado manteve-se no vermelho. Mas conseguiu diminuir os prejuízos: 130,9 milhões de euros em relação ao resultado negativo de 249,4 milhões em março do ano passado.
Esta melhoria foi proporcionada pela redução dos custos. Os custos operacionais “situaram-se em 135,2 milhões de euros, evidenciando uma redução de 20 milhões de euros (-12,9%) face ao período homólogo do ano anterior, confirmando a tendência de redução que se vem verificando desde a criação do Novo Banco“.
Mas a diminuição das imparidades e provisões também contribuiu. “O montante afeto a provisões, no valor de 137,4 milhões de euros, representa uma redução de 210,8 milhões em relação ao valor registado no primeiro trimestre de 2016 (-60,5%), o qual incluía 109,6 milhões de provisões para reestruturação”, explica o banco.
Esta queda dos custos e imparidades ajudou a compensar a diminuição do produto bancário. “O produto bancário comercial ascendeu a 194,8 milhões, 7,6% abaixo do registado no primeiro trimestre de 2016, mas em linha com os restantes trimestres” do ano passado, esclarece a instituição financeira.
Já o rácio de capital Common Equity Tier 1 situou-se nos 10,8%, o que compara com 12% em dezembro de 2016. O banco apresenta resultados numa altura em que o processo de venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star ainda está dependente de uma operação para ficar concluído: uma troca de dívida sénior que permita ao banco de transição poupar 500 milhões de euros nos rácios de capital.
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