Arranca oferta de obrigações verdes da Greenvolt. Um guia com 7 perguntas e respostas

Como investir? Quais os riscos? Quanto é que rende? O ECO preparou um guia com sete perguntas e respostas para perceber o que está em causa no empréstimo obrigacionista da Greenvolt que arranca hoje.

Arranca esta segunda-feira o empréstimo obrigacionista verde da Greenvolt dirigida para o público em geral. A empresa de energias renováveis avança com esta operação de financiamento numa altura em que é alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) do fundo americano KKR. Até quando posso subscrever? Qual o retorno? E o risco? É verde porquê? Preparamos um guia com sete perguntas e respostas para o ajudar a perceber a operação.

1. Como vai funcionar?

A Greenvolt pretende obter um financiamento de 75 milhões de euros. Para tal lança agora uma oferta pública de subscrição de 150 mil obrigações verdes a cinco anos (até fevereiro 2029), com o preço de subscrição de 500 euros por cada obrigação.

Quem quiser participar na operação terá de aplicar, ainda assim, um montante mínimo de 2.500 euros, ou seja, terá de subscrever pelo menos cinco obrigações da Greenvolt. O número máximo de obrigações que pode ser subscrito por cada investidor está limitado à quantidade de obrigações oferecidas à subscrição e ao processo de rateio – durante o qual se procederá à distribuição das obrigações caso a procura exceda a oferta de acordo com os critérios definidos pela empresa (ver página 120 do prospeto).

Para já são 150 mil obrigações verdes, mas a Greenvolt pode decidir aumentar o montante da oferta até dia 6 de fevereiro, no caso de registar uma forte procura.

2. Até quando posso investir?

Poderá começar a subscrever as obrigações verdes de Greenvolt a partir das 8h30 desta segunda-feira. A oferta estará em curso durante duas semanas, terminando pelas 15h00 do dia 9 de fevereiro.

Se pretender revogar ou alterar uma ordem de subscrição já transmitida, pode fazê-lo até às 15h00 de 8 de fevereiro. A partir dessa data as ordens tornam-se irrevogáveis.

A 12, tem lugar a sessão especial de apuramento e divulgação dos resultados da oferta. Dois dias depois, a 14, tem lugar a liquidação financeira e admissão em bolsa das obrigações.

3. Quanto é que rende?

Cada obrigação paga uma taxa de juro bruta de 4,65% ao ano. Ou seja, aplicando 2.500 euros (o montante mínimo), o investimento em cinco obrigações terá um retorno de 116,25 euros ao ano. Porém, importa ter em conta os impostos e outras despesas como as comissões bancárias, pelo que a taxa de juro líquida será inferior.

A Greenvolt lembra que a rendibilidade efetiva do investimento “depende da situação concreta do investidor, incluindo a sua situação fiscal e das comissões cobradas pelo intermediário financeiro”.

Aliás, alerta mesmo que “considerando a generalidade dos preçários dos intermediários financeiros, o investimento poderá não ter rendibilidade positiva” para quem investir apenas 2.500 euros. Portanto, faça bem todas as contas antes de decidir investir.

4. Quando vou receber?

A Greenvolt pagará os juros todos os semestres, a 14 de fevereiro e a 14 de agosto de cada ano até ao reembolso final das obrigações em fevereiro de 2029. No caso de ter aplicado os tais 2.500 euros, que daria um retorno bruto de 116,25 euros anuais, receberia 58,125 euros a 14 de fevereiro e outros 58,125 euros a 14 de agosto.

5. Quais os riscos?

Importa estar ciente dos riscos que está a assumir quando decide aplicar o seu dinheiro em obrigações da Greenvolt. O prospeto disponibilizado pela Greenvolt, além de dar conta de toda a informação financeira da empresa e do estado dos seus negócios, apresenta no capítulo 3 (de mais 30 páginas a partir da página 29) os fatores de risco que deverão ser tidos em conta pelo investidor antes de tomar a decisão de investimento.

Pode ainda consultar o seu intermediário financeiro para perceber se este investimento se adequa ao seu perfil de risco.

6. Onde posso subscrever?

O CaixaBI, o BCP, o ActivoBank, o Banco Best, o Banco Carregosa, o Banco Finantia, o Banco Invest, o Banco Montepio, o Bankinter, o Big, a Crédito Agrícola, a Caixa Geral de Depósitos, o EuroBic e o Novobanco foram os bancos contratados “para desenvolverem os seus melhores esforços” na distribuição das obrigações verdes da Greenvolt.

7. Verde porquê?

As obrigações são verdes porque o dinheiro que a Greenvolt vai obter com o empréstimo – serão 72 milhões de euros, pois terá de suportar custos com os intermediários financeiros e marketing – será aplicado em projetos relacionados com a área das energias renováveis ou eficiência energética (incluindo, mas não limitados a, biomassa, energia eólica, energia solar, geração distribuída e armazenamento), com o controlo e prevenção integrados de poluição, em transações de M&A (fusões e aquisições) no setor das energias renováveis e ainda “outras despesas relacionadas e de suporte, como por exemplo despesas de pesquisa e desenvolvimento”.

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