Vodafone aumenta receitas em 7,5% enquanto explora “outras opções” para ficar com Nowo
No dia em que apresentou contas, a Vodafone diz estar a explorar "outras opções" para poder ficar com a Nowo. Receitas em Portugal subiram 7,5% no último trimestre de 2023.
No dia em que apresenta resultados trimestrais, a Vodafone diz estar a “explorar outras opções” para dar resposta às dúvidas da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a compra da Nowo. O regulador chumbou em meados de janeiro os compromissos que tinham sido propostos pela Vodafone para tentar convencer Nuno da Cunha Rodrigues a deixar avançar a fusão.
“Em setembro de 2022, anunciámos que havíamos celebrado um acordo para adquirir o quarto maior operador convergente de Portugal, a Nowo, à Llorca JVCO Limited, dona da Masmovil Ibercom. A transação está condicionada à aprovação regulatória. Submetemos remédios que foram rejeitados em janeiro de 2024. Estamos a rever os comentários da Autoridade da Concorrência e a explorar outras opções para responder às preocupações da autoridade”, lê-se num comunicado da Vodafone divulgado esta segunda-feira, dia em que o grupo britânico apresenta resultados.
Os compromissos propostos pela Vodafone à AdC incluíam a cedência de 40 MHz de espetro 5G da Nowo à concorrente Digi, bem como o acesso desta última à rede de fibra ótica da Vodafone. O regulador liderado por Nuno da Cunha Rodrigues entendeu não serem suficientes, sobretudo pela relevância que considera que a Nowo tem em termos concorrenciais nas regiões em que está presente, forçando as outras operadoras a praticarem preços mais baixos junto dos clientes.
Aumentos de preços engordam receitas
Também esta segunda-feira o grupo Vodafone apresentou resultados do terceiro trimestre fiscal, que corresponde ao período entre outubro e dezembro do ano civil de 2023. Nesses três meses, a Vodafone obteve 301 milhões de euros em receitas de serviços, um aumento de 7,5% face ao mesmo trimestre do ano anterior.
“Em Portugal, tanto o segmento de consumo como empresarial continuaram a crescer fortemente, suportados pelos aumentos de preços contratualmente ligados à inflação em março de 2023, bem como na boa procura por serviços fixos”, refere o grupo Vodafone num comunicado internacional. “Somámos 47 mil clientes clientes com contrato móvel e 31 mil clientes de banda larga fixa durante o trimestre”, sublinha ainda a companhia, que, em Portugal, é presidida por Luís Lopes.
Além do aumento realizado em 2023 à luz da inflação, que foi de até 7,8%, a Vodafone acaba de realizar um novo aumento de preços indexado à inflação. Desde 1 de fevereiro, os clientes da Vodafone pagam mais 4,3% pelos serviços.
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