Dividendo pressiona Galp, bolsa cai após semana sem perdas
Galp negoceia sem dividendo e está a pressionar o arranque em Lisboa. Isto depois de uma semana sem perdas para os investidores nacionais.
Com o destaque do dividendo em relação às ações da Galp, a bolsa nacional abriu em terreno negativo na última sessão de uma semana francamente positiva para Lisboa. No plano europeu, o dia começa igualmente em baixa, adicionando alguma pressão à praça portuguesa.
O PSI-20, o principal índice português, cai 0,16% para 5.235,82 pontos. É um arranque condicionado sobretudo pela petrolífera nacional, uma das cotadas com maior influência no desempenho geral do índice e cujas ações estão a desvalorizar 2,23% para 13,83 euros, no dia em que o dividendo de cerca de 0,25 euros é descontado do título.
“O mercado nacional deverá abrir em linha com os pares europeus, sendo que o índice PSI-20 deverá sofrer um impacto adicional negativo de cerca de 0,19% em virtude das acções da Galp iniciarem hoje a negociação sob a forma de ex-dividendo. De lembrar que o peso que a ação tem no índice PSI-20 é de 11,04%”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.
Galp resistiu à queda do petróleo mas não ao ex-dividendo
Ainda do lado negativo, mais quatro cotadas ditavam perdas por cá. Com nota de destaque para a Novabase. As ações da tecnológica desvalorizam 3,68% para 3,27 euros. É o pior desempenho. E o BCP corrige em baixa de 1,04% depois do máximo do ano atingido esta quinta-feira.
Assim, com grande parte das cotadas em alta, Lisboa consegue estar perto de uma zona de inversão. Se inverter a marcha para terreno positivo, não será propriamente uma novidade esta semana em que o PSI-20 nunca fechou abaixo da linha de água. Os avanços, ainda que ligeiros, de outros dois pesos pesados como a EDP Renováveis e a Jerónimo Martins podem ajudar.
No plano internacional, depois da queda abrupta dos preços do petróleo esta quinta-feira, na sequência de uma reunião da OPEP que não trouxe surpresas e mesmo assim defraudou as expectativas dos analistas, os principais índices europeus abriram o dia em baixa. Eram os casos de Londres, Frankfurt e Paris, cujas descidas não iam além dos 0,5%. Ponto do dia na agenda dos investidores: a reunião do G7, que começa hoje em Itália.
“Os mercados europeus negociavam com uma tendência negativa, após a decisão da OPEP de prolongar a redução da produção de petróleo durante nove meses ter, de alguma forma, desiludido os intervenientes nos mercados financeiros que esperavam que fossem anunciados cortes adicionais na produção. Este sentimento provocou de imediato uma queda nos preços do petróleo e uma deterioração do sentimento dos investidores”, frisa o BPI.
“Sem indicadores económicos na agenda de hoje, os investidores irão acompanhar a reunião do G7 na Sicília, Itália, a qual irá abranger temas como o comércio e as alterações climáticas”, reforçaram os analistas.
"Sem indicadores económicos na agenda de hoje, os investidores irão acompanhar a reunião do G7 na Sicília, Itália, a qual irá abranger temas como o comércio e as alterações climáticas.”
(Notícia atualizada às 8h28)
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