Francisco Monteiro Pacheco explicou como está a ser a implementação no mercado deste novo player da advocacia. O sócio avançou que pretendem apostar em áreas que ainda são “nicho”.
Foi no último semestre de 2023 que nasceu a SPCB LEGAL. Este novo player do mercado de advocacia do Porto nasceu de uma rutura devido a divergências organizacionais e estratégicas com os sócios da Lopes Cardoso & Associados. Do escritório antigo trouxeram várias ferramentas para o novo projeto e até clientes.
“Trouxemos para a SPCB a experiência, o rigor e o conhecimento que várias gerações de advogados propícia, uma vez que a equipa deste novo projeto integra advogados com mais de 30 anos do exercício da advocacia, tendo, o mais novo dos sócios, mais de 10 de experiência. Para além disso, seguiram-nos os clientes de cada um dos advogados que vieram constituir a SPCB, que depositam a sua confiança neste projeto”, explicou o sócio Francisco Monteiro Pacheco.
À Advocatus, Francisco Monteiro Pacheco explicou que a SPCB corresponde à visão de sete advogados que constituem a equipa de sócios – Ana Borgas, António Sarmento de Oliveira, Francisco Monteiro Pacheco, Helena Salazar, João Paulo Campos, Luís Couto e Nuno Reis Cardoso -, e que entendem que atualmente as firmas devem ser integradas e “olhar de frente as oportunidades que se perfilam decorrentes da abertura das estruturas societárias a profissionais de outras áreas”.
Lançado num contexto económico instável, o sócio da SPCB assegura que esse contexto tem sempre um grau considerável de “volubilidade”, uma vez que depende de muitas variáveis, “a maioria delas não controlável”.
“Atualmente vemos o nosso futuro condicionado, designadamente, pela evolução de dois conflitos internacionais, pelo resultado das eleições nos EUA e pelo resultado das eleições legislativas que se avizinham, acontecimentos que influirão na forma como a economia se comportará. Assim, o sentimento é de prudência face à incerteza, mas também de confiança que um projeto novo, ágil e adaptado à realidade do mercado em que nos inserimos, aliado à experiência da equipa, sempre nos dá”, adiantou o advogado.
Até ao momento, Francisco Monteiro Pacheco garante que o feedback tem sido positivo. “O melhor feedback que podíamos ter, e temos, é a manutenção da confiança dos clientes que nos seguiram, com os quais mantemos uma relação de proximidade e a quem podemos agora prestar um serviço mais integrado, pela organização coesa que adotamos”, sublinhou.
Para além dos clientes que os acompanharam, o sócio referiu que têm sido surpreendidos com solicitações de serviços por parte de novos clientes, nacionais e internacionais, que tendo tido conhecimento do projeto.
Objetivo é a diferenciação
“Atípicos”. Foi este o adjetivo utilizado por Francisco Monteiro Pacheco para descrever os primeiros meses de atividade. “Estes primeiros meses de atividade têm sido um tanto atípicos pela entropia que a estruturação de um projeto destes acarreta na atividade diária, o que se sentiu fundamentalmente até ao final do ano passado”, disse.
O sócio assegurou que desde o início deste ano que têm conseguido potenciar os benefícios do escritório, com maior integração entre as áreas de prática de cada um, permitindo-lhes uma “maior eficiência nos serviços”. “Para além disso o volume de negócio tem vindo a aumentar, fruto da visibilidade que o projeto tem tido. Ainda há muito a fazer, mas o balanço possível é bastante positivo”, acrescentou.
Confiante com o futuro, Francisco Monteiro Pacheco garante que o principal objetivo do escritório é “diferenciar-se” pela prestação de um serviço de “proximidade”, integrado, aproveitando as sinergias com outras áreas da atividade, como a financeira e contabilística.
“Queremos, no médio prazo, ser uma sociedade de advogados de média dimensão, no panorama nacional, crescendo em meios técnicos e humanos sem, contudo, sacrificar o acompanhamento personalizado dos clientes por advogados seniores, experimentados nas respetivas áreas de atuação preferencial”, referiu.
Rigor, proximidade e colaboração com os clientes são alguns dos pilares do escritório apontados, “privilegiando a prestação de serviços integrada inclusivamente com profissionais de outras áreas em função das necessidades dos assuntos”.
Futuro passa pela “sofisticação” da organização
A SPCB Legal conta atualmente com uma equipa de 12 advogados – sete sócios, dois associados e três estagiários -, e ainda com apoio administrativo, informático e de comunicação.
“A SPCB LEGAL assume-se com uma sociedade full service, abarcando todas as áreas do direito, sem deixar de centrar o seu foco nas áreas do Direito Fiscal, do Direito Administrativo, do Direito do Trabalho, do Direito Societário, do Direito Imobiliário, do Direito da Família e Sucessões, do Direito dos Registos e Notariado, e da Arbitragem”, explicou.
No futuro, Francisco Monteiro Pacheco adiantou que pretendem apostar em áreas que ainda são “nicho”, como as de e-commerce e compliance.
“A SPCB LEGAL é uma sociedade que foca a sua atividade nas áreas do “direito empresarial”, prestando um serviço próximo e colaborativo e, sempre que possível, efetivamente multidisciplinar”, referiu.
Os próximos passos da SPCB para o crescimento e implementação no mercado passam pela sofisticação da organização, iniciando um processo de desmaterialização, tornando mais eficiente o arquivo e circulação de documentos e informação. “Vamos também centrar-nos no recrutamento, trazendo talento que nos permita alargar a nossa atividade a áreas mais específicas e menos concorrenciais”, acrescentou.
“Os desafios da advocacia que se perfilam nos anos vindouros são grandes, desde logo decorrentes da possibilidade do exercício societário multidisciplinar e da inteligência artificial que alterará, inevitavelmente, o modo como exerceremos a advocacia no futuro. Queremos, aproveitar as vantagens dessas realidades, acautelando os perigos que encerram e nunca sacrificando a relação pessoal e próxima imprescindível nesta área de atividade, que assenta, fundamentalmente, na confiança estabelecida entre advogado e cliente”, assegurou o sócio.
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Objetivo da SPCB LEGAL é ser uma sociedade de média dimensão a nível nacional
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