BES: Emigrantes lesados voltam a protestar em Paris
Cerca de uma centena de emigrantes lesados do BES juntaram-se este sábado em Paris num novo protesto. Afirmam que "parar é morrer" e prometem novas ações.
Cerca de uma centena de emigrantes lesados do BES juntaram-se este sábado em Paris num novo protesto, afirmando que “parar é morrer” e prometendo novas ações, a 17 de junho na capital francesa e mais tarde em Portugal.
Depois da sede do Novo Banco em Paris, da Embaixada de Portugal e da Torre Eiffel, desta vez foi com o monumental edifício da Ópera como pano de fundo que os emigrantes chamaram a atenção dos turistas, com bandeiras de Portugal e cartazes em que se lia “bancos portugueses = perigo”, gritando “banqueiros portugueses, ladrões dos emigrantes”.
Madalena Araújo, de 57 anos, tem sido uma das presenças habituais nos protestos que começaram há dois anos em Paris e promete continuar a participar nas manifestações porque “o dinheiro que lá está é fruto do trabalho, suor e sacrifício de tanto ano” em França. “Venho a todas e continuarei sempre que possa. Jamais abandonarei este combate, esta luta, porque não podemos abandonar. Já vão fazer três anos no dia 04 de agosto [desde o colapso do BES] e parar é morrer, como se costuma dizer”, afirmou à Lusa a portuense, que está em França há 31 anos.
A manifestação foi organizada pelo grupo Emigrantes Lesados Unidos. Dele faz parte Carlos Costa, que sublinhou que “há pessoas desesperadas porque não têm dinheiro para viver e outras que não têm dinheiro para ir para Portugal” e que “estão completamente prisioneiras do banco”.
“Desde o princípio que dizemos que estamos esquecidos e é evidente que estamos esquecidos. Eles andam a empatar. O Novo Banco continua a apodrecer esta situação e tem que haver uma solução”, afirmou o português, de 50 anos, atualmente desempregado e com mais quatro pessoas da família lesadas do BES.
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