Bagão Félix: Classe média é taxada como “se fosse rica”
O ex-ministro das Finanças defende que a prioridade do Governo no próximo ano deve ser a reposição gradual dos escalões anteriores do IRS. Nota ainda que a classe média é taxada como se fosse "rica".
Bagão Félix considera que a reposição gradual dos escalões anteriores do IRS é a prioridade do Governo no próximo ano. O ex-ministro das Finanças refere ainda que a última reforma levou a que a classe média começasse a ser taxada como “se fosse rica”.
“A [medida] que considero mais urgente, embora gradual, é a reposição dos escalões anteriores do IRS“, afirma Bagão Félix numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios (acesso pago).
Uma posição que já tinha sido expressada pelo primeiro-ministro. António Costa admitiu a reposição dos escalões do IRS na conferência de imprensa em que reagiu à recomendação da Comissão para tirar Portugal do PDE. Em resposta a questões dos jornalistas, o primeiro-ministro referiu que o Governo dará no próximo ano “mais um passo” para devolver rendimentos aos cidadãos. Esse passo será o começo da reposição dos escalões do IRS em 2018, “de forma equilibrada”.
Bagão Félix defende também que a classe média está a ser taxada como “se fosse rica”. O ex-ministro afirma que “temos cinco escalões, o que sujeita qualquer rendimento mediano a taxas marginais elevadíssimas. Ou seja, desde a última reforma as pessoas que pagam IRS são na grande maioria [taxadas como] fiscalmente ricas, embora sejam da classe média e mediana e, às vezes, relativamente baixa. É preciso ter em conta que só 52% das famílias pagam IRS”.
“Acho que o Governo está a ser prudente e cauteloso. A situação está melhor mas não podemos, em abstrato, transformar números que podem ser ilusórios em excelentes”, nota.
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