Empresas planeiam investir mais em sustentabilidade nos próximos três anos

“As organizações vão gastar mais em ESG nos próximos três anos, à medida que os requisitos de reporte aumentam”, lê-se no estudo desenvolvido pela KPMG.

90% das empresas vão aumentar o investimento nas três vertentes da sustentabilidade (ambiente, social e governança – ESG), ao longo do próximo triénio. Estes montantes serão investidos sobretudo na contratação de recursos humanos focados nestas matérias (43%), na formação ESG dos profissionais já empregados pelas empresas (38%), e em programas informáticos que suportem as políticas ESG (40%).

Estas conclusões são da autoria de um estudo da KPMG, divulgado esta segunda-feira pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação. A consultora inquiriu empresas sobretudo norte-americanas (61%) e europeias (25%), com uma distribuição quase igualitária entre o setor público e privado e dimensões que vão desde menos de mil trabalhadores até mais de 20.000.

As organizações vão gastar mais em ESG nos próximos três anos, à medida que os requisitos de reporte aumentam”, lê-se no estudo.

Com acesso a melhor informação, 83% das entidades inquiridas prevê que exista um aumento na integração das matérias ESG, transversal a várias áreas da empresa. Para obter mais informação, quase 60% espera recorrer a sistemas avançados de dados, direcionados ao reporte, e a aposta em inteligência artificial para efeitos de recolha de dados espera-se praticamente na mesma proporção.

Apesar desta alavanca ao crescimento da sustentabilidade nas organizações, a KPMG identifica também alguns desafios no caminho para a sustentabilidade. Recursos insuficientes, falhas de comunicação entre departamentos, prioridades divergentes para as diferentes áreas, dificuldade em medir o retorno e constrangimentos no orçamento são os desafios destacados.

De forma a combater estas dificuldades, 76% dos inquiridos planeia reestruturar equipas de forma a que haja um melhor alinhamento entre a estratégia de negócio e os objetivos de sustentabilidade. Em paralelo, quase a mesma fatia de empresas pretende recorrer a serviços externos para o reporte de sustentabilidade.

“Definir funções e responsabilidades claras, incluindo a identificação de líderes e profissionais destas matérias, e decidir quando recorrer a serviços externos ou reforçar os recursos existentes, é crucial para uma implementação eficaz e um reporte eficiente”, escreve a KPMG.

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