Criação de emprego tem a maior subida desde 1998
A taxa de desemprego está a diminuir, estando neste momento inferior a 10%. Essa diminuição está a ser acompanhada pela criação de emprego como não se via há duas décadas.
Desde o segundo trimestre de 1998 que a taxa de variação homóloga do emprego não era tão alta. Ou seja, que a criação do emprego estivesse tão acelerada. Os postos de trabalho aumentaram 3,2%, segundo as Contas Nacionais Trimestrais divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Para encontrar um aumento superior é preciso recuar duas décadas: no segundo trimestre de 1998 a criação de emprego tinha sido de 3,9%.
Depois de entre 2008 e 2013 o emprego ter caído em praticamente todos os trimestres, a economia começou novamente a criar emprego em 2014. Os crescimentos têm sido mais tímidos, mas desde o terceiro trimestre do ano passado que a criação de emprego tem acelerado. No terceiro trimestre de 2016 tinha sido de 2,2% e no quarto trimestre 2,4%.
Nos primeiros três meses deste ano isso verificou-se ainda mais: “No primeiro trimestre, o emprego para o conjunto dos ramos de atividade da economia, corrigido de sazonalidade, registou um crescimento homólogo de 3,2%, variação superior à taxa observada no quarto trimestre (2,4%)”. Este dado soma-se a várias comparações históricas que se têm feito sobre o desemprego e o emprego, tanto em Portugal como na União Europeia.
Esta aceleração corrobora com os dados que o próprio INE tem revelado mês após mês sobre a taxa de desemprego. Em fevereiro, a taxa de desemprego fixou-se, pela primeira vez desde 2009, abaixo dos 10%. Em março e abril, voltou a cair, para 9,8%. Feitas as contas, a taxa de emprego deverá ser de 59,6% tanto em março como em abril. Em fevereiro, tinha sido de 59,4%.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego também tem caído de forma histórica. Esse número de inscritos nos centros de emprego caiu para 471.474 em março, atingindo o valor mais baixo em oito anos. É preciso recuar a fevereiro de 2009 para encontrar um número inferior.
O Governo já fez saber que espera que a taxa de desemprego se mantenha abaixo dos 10% este ano, graças a uma evolução “muito positiva” que irá verificar-se ao longo de todo o ano, com uma “forte criação de emprego”.
Esta evolução portuguesa acompanha também o que se regista na Zona Euro. O desemprego conjunto dos países da moeda única recuou para 9,3% em abril, o valor mais baixo desde março de 2009. Já no conjunto da União Europeia, a taxa recuou 0,1 pontos em abril, para os 7,8%.
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