Bancos mantêm Vítor Bento à frente da APB até 2026

Vítor Bento vai continuar à frente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), vendo o mandato renovado até 2026, segundo avançaram duas fontes bancárias próximas do assunto ao ECO.

Economista, gestor e antigo presidente do BES e Novobanco, Vítor Bento vai ser reeleito presidente da direção associação que representa o setor bancário em Portugal na assembleia geral de associados que se realiza no próximo dia 25.

Os atuais órgãos sociais da APB estão em fim de mandato. Vítor Bento chegou à APB em maio de 2021, sucedendo a Fernando Faria de Oliveira. Agora renova funções para o triénio 2024-2026, numa altura em que os bancos estão a ser criticados pelos lucros expressivos à boleia da subida das taxas de juro.

Uma das últimas intervenções de Vítor Bento visou justamente este tema: “Interferir administrativa (ou fiscalmente) sobre a rendibilidade transitória da banca será não só contraproducente, mas também agressivo dos interesses das empresas e das famílias que dela dependem”, defendeu num artigo de opinião publicado em janeiro no jornal Público (acesso pago).

Contactada pelo ECO, a APB não faz comentários “pois as decisões sobre os órgãos sociais competem aos associados em assembleia geral”.

Com quatro décadas de existência, a APB conta atualmente com 25 associados, incluindo os maiores bancos em Portugal como a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI e Novobanco, representando “mais de 90% do ativo do sistema bancário português”. O último membro a entrar foi o Banco Português de Fomento, como noticiou o ECO.

A associação tem como objetivo defender os interesses dos bancos, representando o setor bancário perante o Governo, os reguladores e a sociedade em geral. Faz parte da Federação Bancária Europeia, que junta 32 associações bancárias nacionais que, no seu conjunto, representam cerca de 3.500 bancos na Europa.