“Baixar o IRS em 600 milhões implica cortes na despesa”
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais descarta a proposta avançada pelo Bloco de Esquerda, a não ser que se corte na despesa.
O valor de 600 milhões de euros tinha sido avançado por Catarina Martins em entrevista à SIC Noticias, numa proposta do Bloco de Esquerda para o Orçamento do Estado de 2018.
“Estamos a estudar com o Governo. Achamos que é preciso uma despesa fiscal em criação de escalões próxima dos 600 milhões de euros, no mínimo, para este Orçamento, outro tanto no próximo, para podermos desfazer aquilo que foi a enorme injustiça criada por Vítor Gaspar”, dizia a líder do Bloco de Esquerda.
Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, vem agora dizer que baixar além dos 200 milhões previstos pelo Governo, “vai ter consequências noutras áreas do orçamento nomeadamente na despesa”.
O próprio primeiro-ministro já admitiu que os escalões do IRS vão começar a ser repostos no próximo ano, mas avisando que essa reposição será feita “de forma equilibrada”.
O PCP, que tal como o Bloco apoia o Governo no Parlamento, já veio dizer que queria duplicar o número de escalões de IRS, de cinco para dez. Vítor Gaspar em 2013, o ano do “enorme aumento de impostos” reduziu os escalões de IRS de oito para cinco.
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