Tribunal “carimba” entrada da Menzies na Groundforce

Tribunal homologou o plano de insolvência da Groundforce e a empresa britânica passa a assumir o controlo da companhia portuguesa de serviços de assistência em escala com uma participação de 50,1%.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa homologou esta sexta-feira o plano de insolvência da Groundforce. Com esta decisão, a empresa britânica Menzies passa a assumir o controlo da companhia portuguesa de serviços de assistência em escala.

“Homologa-se por sentença (…) a deliberação da Assembleia de Credores que aprovou, nos seus precisos termos, o plano de insolvência da devedora SPDH – Serviços Portugueses de Handling, S.A.”, lê-se na sentença consultada pelo ECO.

Com a homologação final do plano de recuperação decretada pelo tribunal, a Menzies Aviation assume a participação de 50,1% na Groundforce, enquanto a TAP, a maior cliente, irá manter-se no capital da Groundforce com uma participação de 49,9%.

A Menzies elegeu o gestor português Rui Gomes para líder executivo da Groundforce, enquanto Michael Stratman regressa à Menzies para ser chief operating officer em Portugal, depois de ter sido operations manager da Easyjet handling em Espanha.

A entrada da Menzies no capital colocou um ponto final no processo de insolvência da SPDH (a designação societária da Groundforce), declarada pelo tribunal em agosto de 2021. A insolvência foi pedida pela TAP, que além de acionista é também a maior cliente, em conflito com o empresário Alfredo Casimiro, que através da Pasogal detém 50,1% do capital.

O plano de insolvência da Groundforce foi aprovado em assembleia de credores no final de setembro, com 98,17% dos votos a favor. O plano contemplava a recuperação da empresa através de um aumento de capital de 4,98 milhões, dos quais 2,5 milhões serão subscritos pela Menzies, que fica com 50,1% do capital.

A Menzies e a TAP comprometeram-se ainda a realizar suprimentos para reforçar os capitais próprios. O investidor britânico colocará até 10 milhões de euros adicionais e a companhia aérea 9,96 milhões, esta última através da conversão de créditos em capital.

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