Exclusivo Francesa Fleet expande para Portugal e já tem mais seis outros mercados na mira
Ainda este ano, a scaleup de aluguer de equipamento informático e de escritório prevê instalar uma equipa em Portugal, um mercado que estima poder gerar 700 mil euros de faturação no primeiro ano.
Depois de ter entrado há mais de dois anos em Espanha, a francesa Fleet apontou a mira a Portugal. Um mercado que, acredita a scaleup de aluguer de equipamento informático e de escritório, poderá gerar 700 mil euros de receitas brutas no primeiro ano. E há planos para, ainda este ano, instalar uma equipa localmente. Presente em quatro mercados, este ano a companhia quer saltar para dez países. Itália, Irlanda, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Áustria estão na lista.
“No início, pensámos que poderíamos gerir [o mercado português] diretamente a partir de Espanha. Agora começamos a pensar que podemos realmente construir algo aqui e formar uma equipa porque gostamos muito do país, da cultura. Queremos construir equipa também aqui e crescer do zero. Precisamos de algumas pessoas locais”, adianta Carlos Andión, country manager da Fleet, em declarações ao ECO.
“Não temos um número de funcionários [fixo] por país, mas temos realmente de entender o volume [de negócio] deste país. Não desperdiçamos dinheiro porque somos uma empresa bootstrapped – o que significa que não precisamos levantar dinheiro –, então temos de realmente cuidar dos nossos custos. Mas é claro que teremos vendas e apoio ao cliente local”, diz quando questionado sobre a dimensão da equipa local.
“Este ano poderemos contratar a primeira equipa. Vamos contratar vendedores e depois do verão chegaremos forte ao mercado em termos de apoio ao cliente. Neste momento, tudo é gerido a partir de Espanha, estamos perto, podemos fornecer rapidamente, temos todos os fornecedores locais para reparação local”, diz ainda.
A entrada no mercado português começou a ser estudada meses antes. “Vim para Lisboa há dois meses e comecei a falar com VC e esse tipo de parceiros do ecossistema. Portugal é um mercado que está a crescer muito. O Governo está a ajudar os empresários a crescer localmente. E gosto que aqui todas as startups tenham uma visão global. Isso dá-nos oportunidade de equipar todos os seus funcionários globalmente, porque podemos enviar dispositivos para todo o mundo, e, no momento, não há concorrência aqui. Portanto, achamos que há um bom ajuste do produto ao mercado. Existe um bom ecossistema. Há muitos empreendedores e muitas scaleups a crescer. Acho que podemos realmente agregar valor e mudar o comportamento de aquisição”, justifica o country manager.
Tecnológicas, startups ou scaleups estão na mira da empresa ao nível de clientes, mas também PME. A Fleet tem uma “plataforma que ajuda startups e scaleups, de dez a 600 funcionários, a adquirir todos os tipos de dispositivos: Monitores, laptops, telefones e até cabines telefónicas insonorizadas, qualquer material de escritório. Lançamos ainda uma solução MDM, uma solução de gestão de dispositivos móveis, que ajuda as empresas a aumentar a cibersegurança desses dispositivos. Depois também gerimos todo o atendimento, todo tipo de garantia, fica tudo coberto. Uma das vantagens de usar o Fleet é que as empresas construir políticas: por exemplo, a cada três ou quatro anos trocam-se os laptops. Durante esse tempo, está totalmente coberto. Assim, a equipa gasta menos tempo procurando alguém que faça a reparação do equipamento, o que vai fazer com os dispositivos antigos”, descreve.
“Basicamente, é uma solução de aluguer. As pessoas pagam apenas uma mensalidade com tudo incluído. Por exemplo, por um MacBook Air paga 49,90 por mês. Não há custos iniciais e quando termina o contrato há duas opções: podem comprar o equipamento ou enviamos novos equipamentos”, refere. Há um compromisso de 36 meses e, caso a empresa encerre antes desse período, terão de ser feitos os pagamentos remanescentes.
Metas de negócio e expansão a novos mercados
Carlos Andión mostra-se otimista com o potencial do mercado nacional. “Em Espanha tínhamos uma meta muito ambiciosa no início que atingimos perfeitamente. Em Portugal tínhamos um target inferior, porque não conhecíamos o mercado. Agora que conheço o mercado, acho que há mais série A a vir, mais investimentos e queremos muito crescer junto com as empresas. Se tudo correr bem, penso que, no primeiro ano gostaria de fazer cerca de 700 mil euros” de receitas brutas, aponta o country manager. “No segundo ano, vamos ver. Em Espanha, no segundo ano, faturámos 2,5 milhões de euros e crescemos muito rapidamente”, acrescenta.
Fundada em abril de 2019 por Alexandre Berriche e Sevan Marian, a scaleup francesa tem um volume de negócios de mais de 10 milhões de euros e mais de 1.000 clientes em Espanha, França, Alemanha e Reino Unido incluindo a Clarity, Seedtag, PropHero, Pimetag, entre outros.
E não faltam planos de expansão. “Este ano vamos de quatro para 10 países. Da Espanha, estamos abrindo em Portugal e Itália, daqui a cinco meses. Vou gerir o Sul da Europa. Depois, da Alemanha, abriremos na Holanda e na Áustria, da França, expandimos para Bélgica e Luxemburgo. E do Reino Unido, para a Irlanda”.
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