Portugal foi país da UE onde abandono escolar mais caiu na última década
Abandono escolar precoce caiu quase 11 pontos percentuais entre 2013 e 2023 em Portugal. Foi a maior quebra registada entre os vários países da União Europeia.
Portugal foi o país da União Europeia (UE) onde o abandono escolar precoce mais caiu entre 2013 e 2023, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. Ainda assim, olhando só para o último ano, as notícias não são as melhores: depois de seis anos a recuar, esse indicador agravou-se.
De acordo com o destaque publicado esta manhã pelo gabinete de estatísticas, no conjunto do bloco comunitário, o ano de 2023 foi sinónimo de uma taxa de abandono escolar de 9,5%, abaixo dos 9,6% registados em 2022.
“Este indicador tem estado a recuar de forma consistente nos últimos dez anos”, destaca o Eurostat, que detalha que, na última década, os Estados-membros têm feito progressos rumo à meta de estarem abaixo dos 9,0% até 2030.
Ora, entre os vários países da UE, foi Portugal que registou a maior dessas melhorias: por cá, o abandono escolar precoce caiu 10,9 pontos percentuais entre 2013 e 2023, para 6,5%. Outros 14 países fizeram trajetórias semelhantes. Por exemplo, em Espanha, houve um recuo de 9,9 pontos percentuais em dez anos e em Malta de 7,1 pontos percentuais.
Por outro lado, países como a Alemanha, a Dinamarca e a Eslovénia fizeram o caminho inverso, isto é, viram o abandono escolar precoce aumentar (3,0 pontos percentuais, 2,2 pontos percentuais e 1,5 pontos percentuais, respetivamente).
Já olhando só para 2023, Portugal não sai tão bem na fotografia: enquanto a média comunitária recuou, por cá aumentou 1,5 pontos percentuais para 8%. Desde 2016 que não se registavam aumentos desse indicador.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) já tinha revelado estes últimos números, tendo o Ministério da Educação sublinhado, na altura, que os dados estão enviesados por contabilizarem os anos da pandemia. O gabinete de estatísticas insistiu, porém, que os números são comparáveis.
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