Portugal volta a testar mercado com dívida a dez anos

IGCP regressa ao mercado de dívida na próxima semana. O Tesouro pretende obter 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e dez anos na próxima quarta-feira. Repete a dose do último leilão.

Portugal está de volta ao mercado primário de dívida. O Tesouro português conta emitir até 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e dez anos na próxima quarta-feira, repetindo a dose do último leilão realizado a 10 de maio.

É um duplo leilão que acontece numa altura de descompressão no mercado secundário. As taxas de juros portuguesas estiveram em queda acentuada nas últimas semanas, com a yield dos títulos a dez anos a ceder para um patamar abaixo dos 3%, algo que já não acontecia desde setembro do ano passado. Atualmente, a taxa a cinco anos segue nos 1,386%, enquanto a taxa a dez anos negoceia nos 3,015%.

Além disso, na próxima sexta-feira, a agência Fitch volta a atualizar a notação da dívida portuguesa. A estabilidade do outlook não deixa grande margens para uma subida do rating “BB+”, considerado investimento especulativo.

Na última nota aos investidores, a agência que gere a dívida pública adiantou que 55% do objetivo de financiamento com Obrigações do Tesouro para 2017 já está cumprido, tendo levantado cerca de 15 mil milhões de euros desde o início do ano. E, por isso, esta operação de financiamento servirá já para a entidade liderada por Cristina Casalinho assegurar “uma posição de liquidez confortável e pré-financiar as necessidades de 2018“.

Nos primeiros meses do ano, o IGCP optou por emitir em prazos menos habituais, não tendo sequer realizado leilões a dez anos por causa do ambiente menos favorável nos mercados. Agora emite dívida a dez anos em dois meses consecutivos. Nas últimas semanas, vários analistas colocaram a hipótese de Portugal testar o mercado com leilões de ultra longo prazo, nomeadamente através da reabertura da linha com maturidade em 2030.

(Notícia atualizada às 13h34)

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