Supremo recusou investigar Marcelo no caso das gémeas
Pedido de buscas dirigido pelo Ministério Público ao "Ticão" foi parar ao Supremo Tribunal de Justiça, que recusou investigar o Presidente da República.
No pedido feito pelo Ministério Público (MP) ao Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para a buscas realizadas esta quinta-feira, relacionadas com o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com um medicamento milionário em Portugal, a procuradora responsável, Helena Almeida, não fez nenhuma referência direta nem apontou qualquer suspeita a Marcelo Rebelo de Sousa.
Todavia, avança o semanário Expresso, a juíza de instrução, Gabriela Feteira, vendo os indícios apresentados, considerou que as suspeitas que recaem sobre o filho Nuno Rebelo de Sousa, que se encontra a viver no Brasil, poderiam, em tese, estender-se ao próprio Presidente da República. Por esse motivo, de acordo com o jornal, o processo foi remetido para o Supremo Tribunal de Justiça, devido ao foro especial de que goza Marcelo.
O conselheiro Celso Manata recebeu o caso mas entendeu que não havia nada que o Supremo pudesse fazer, porque o MP não considerava Marcelo Rebelo de Sousa suspeito de ter influenciado o tratamento das gémeas. O jornal explica que a consequência poderá ser a nulidade de qualquer prova que surja nas buscas e que envolva o Chefe de Estado, ainda que tal não impeça que o Presidente seja investigado se o MP considerar que há indícios de crime.
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