Plano Juncker já promete gerar 3,9 mil milhões de investimento em Portugal
A atualização do investimento gerado ao abrigo do Plano Juncker aponta para 3,9 mil milhões de euros e mais de 1.300 empresas e mid-caps beneficiadas.
3,9 mil milhões de euros: é este o valor do investimento que deverá ser gerado em Portugal, ao abrigo do Plano Juncker. Os dados, que reportam à informação recolhida até junho, foram revelados esta terça-feira pela Comissão Europeia. Jyrki Katainen, vice-presidente da Comissão com as pastas do emprego, crescimento, investimento e competitividade, está de visita a Portugal para conhecer algumas das empresas beneficiadas pelos fundos.
O Plano de Investimentos para a Europa, conhecido por Plano Juncker, visa incentivar o investimento na economia europeia para promover o emprego, o crescimento económico e reforçar a capacidade de produção e de infraestruturas. Os apoios são concedidos pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, criado pela Comissão Europeia, e pelo Banco Europeu para o Investimento.
A atualização mais recente dos números para Portugal mostra que o financiamento do Banco Europeu para o Investimento já aprovado atinge quase 700 milhões de euros e destina-se a 15 projetos de infraestruturas e inovação. Este investimento deverá gerar mais de 2,4 mil milhões de euros de investimento total.
Já no que toca ao financiamento para pequenas e médias empresas, o financiamento ao abrigo do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) atinge quase 500 milhões de euros e será disponibilizado através de sete acordos, já aprovados, com bancos intermediários ou fundos. Espera-se que estes acordos gerem um investimento superior a 1,4 mil milhões de euros e beneficiem mais de 1.300 PME e empresas mid-cap.
Reabilitação urbana, educação e energia: três exemplos
A Comissão Europeia destaca alguns dos projetos já aprovados ao abrigo do Plano Juncker. Há financiamento para recuperar a capital portuguesa, para investir em energias renováveis ou para construir um novo campus universitário.
1 – Centrais de biomassa
- Financiamento: 50 milhões de euros
- Investimento: 96 milhões de euros
O empréstimo financiará a construção de duas centrais de biomassa, no Fundão e em Viseu. O projeto contribui para as metas de energias renováveis e deverá promover o emprego e desenvolvimento locais. Deverá ainda ajudar à prevenção de incêndios, uma vez que passará a representar a procura de resíduos florestais.
2 – Reabilitação urbana em Lisboa
- Financiamento do FEIE: 100 milhões de euros
- Investimento total: 523 milhões de euros
Este é um empréstimo que visa cofinanciar o plano de investimentos multianual (2016-2020) para recuperação urbana em Lisboa. Vai contribuir para transformar antigas instalações militares no maior hub para start-ups e empreendedores da Europa, para modernizar a habitação social, melhorar os sistemas de drenagem da cidade, preparando a cidade para condições atmosféricas adversas.
3 – Novo campus universitário
- Financiamento (BEI): 16 mil euros
- Investimento: 47 mil euros
O empréstimo visa a construção de um novo campus da Nova School of Business & Economics, com tecnologias de informação e de eficiência energética ao nível mais avançado.
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