Problemas com crédito chinês podem custar biliões aos bancos

A agência de rating S&P disse que os bancos chineses podem vir a precisar de “produzir” 11,3 biliões de ienes (aproximadamente 1,7 biliões de dólares) a partir de 2020, devido aos problemas com o crédito, se a dívida das empresas não diminuir. Isto significa que a exposição ao país é menos favorável e as empresas estão a gastar mais ao serviço da dívida, ou seja, são a totalidade dos pagamentos dos juros e das amortizações da dívida.

Os custos que os bancos podem vir a sofrer correspondem a 16% do PIB nominal do ano passado, segundo um comunicado da S&P, esta terça-feira, citado na Reuters.

Os alertas da agência de rating surgem numa altura em que há grandes preocupações com o nível de endividamento das empresas privadas chinesas, desde a crise financeira global e a diminuição do crescimento económico, isto porque os empréstimos a empresas privadas não têm diminuído.

A taxa de crescimento da dívida na China “não é sustentável por muito tempo”, dizem as análises da agência. O cenário dos 1,7 biliões de dólares que os bancos vão ter de emitir tem por base um problema do aumento excecional de crédito para os 17% até 2020, segundo o mesmo comunicado da S&P, citado pela Bloomberg.

Num outro comunicado, de maio, chamado “Restruturando a China”, os analistas do banco Societé Générale disseram que as perdas do sistema bancário chinês podiam chegar aos 1,2 biliões de dólares.