Privados têm quase 40 mil milhões em intenções de investimento em renováveis e hidrogénio

Programa de energia e clima (PNEC2030) está concluído e será aprovado em Conselho de Ministros na sexta-feira. Vai ser criada uma instituição para acelerar execução dos fundos na área ambiental

Os investidores privados pretendem investir cerca de 40 mil milhões de euros em projetos de hidrogénio e energias renováveis, anunciou a ministra do Ambiente. Maria da Graça Carvalho revelou que o programa de energia e clima (PNEC2030) está concluído e será aprovado em Conselho de Ministros na próxima sexta-feira. Um Conselho de Ministros que será muito dominado pelas questões ambientais.

“Acabámos há poucos dias, após consulta pública que recebeu muitas respostas, o nosso programa de energia e clima”, disse Graça Carvalho nas jornadas parlamentares do PSD. “Irá a Conselho de Ministros na próxima sexta e depois será discutido na Assembleia da República”, acrescentou.

No programa são fixadas várias metas, explicou a ministra do Ambiente: fixação da meta de redução de gases com efeito de estufa face a 2005 para 2030 de 55%, aumento do peso das energias renováveis de 51%, aumento capacidade de armazenamento de dois gigawatts, uma diferença face ao previsto pelo anterior Governo que era de 1 gigawatt, “mas temos de tentar ir mais além”.

Mas ao nível do hidrogénio a opção foi baixar os objetivos de cinco para três gigawatt e nas eólicas offshore temos dois gigawatts para 2030 em vez dos falados dez gigawatts.

Para chegar a estes valores é preciso muito investimento, reconheceu a responsável. O Ministério do Ambiente conta com três mil milhões de euros no Sustentável 2030, o programa do Portugal 2030, o PRR na área da energia e clima tem 5,4 mil milhões e o Fundo Ambiental, apesar da dificuldade em calcular a sua dotação já que depende das taxas de emissão que são recolhidas anualmente, até 2030 deverá ter nove mil milhões euros. Tudo somado são 17,6 mil milhões de euros de investimento público para estas áreas.

O Conselho de Ministros de sexta-feira trará novidades ao nível do Fundo Ambiental. Será criada “uma instituição bem equipada de pessoas e meios para garantir a execução do Fundo ambiental e de todos os fundos no nosso Ministério”, anunciou Graça Carvalho. O objetivo é “acelerar as avaliações no fundo ambiental aumentando a eficácia e rapidez na avaliação”, explicou.

Mas há também “muito investimento privado”, garantiu. “Há muitas empresas nacionais e internacionais que querem investir”, entre pedidos de ligação à rede, de pedidos de licenciamento ou de impacte ambiental de cerca de 18,9 mil milhões de euros em projetos de hidrogénio e cerca de 20,9 mil milhões de projetos de energias renováveis”, detalhou.

No Conselho de Ministros de sexta-feira será ainda aprovado um decreto-lei para o mercado de emissão e uma estratégia para a descarbonização da aviação. Ao nível da indústria será ainda lançado um novo leilão de gases renováveis, além do leilão de 140 milhões de euros no âmbito do PRR.

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