Administrador financeiro ‘sobrevive’ às mudanças na cúpula do Banco de Fomento, com novo chairman e CEO
Tentativa de garantir continuidade nos órgãos de administração pode ir mais longe e manter em funções também a equipa de auditoria interna. Mudanças no topo da instituição recebidas com surpresa.
A cúpula do Banco Português de Fomento vai mudar, mas pelo menos um administrador do atual conselho de administração vai manter-se em funções para assegurar continuidade. A escolha recaiu sobre Bruno Filipe Rodrigues, que é o atual administrador financeiro, apurou o ECO.
Já Carlos Leiria Pinto deverá ser o novo chairman, substituindo Celeste Hagatong que saiu no verão por motivos de saúde, e Gonçalo Regalado o novo presidente executivo, para o lugar de Ana Carvalho.
Não existe uma imposição escrita por parte do Banco de Portugal, mas as boas práticas recomendam que, em caso de mudança total do conselho de administração, um administrador transite do board anterior. O objetivo é evitar disrupções na gestão corrente do banco. A tentativa de garantir continuidade nos órgãos de administração pode ir mais longe e manter em funções a equipa de auditoria interna. E, assim, o atual CFO do banco promocional português vai continuar no cargo.
O ECO sabe que as mudanças no conselho de administração do Banco de Fomento foram recebidas com surpresa na instituição.
Carlos Leiria Pinto é diretor-geral no Brasil do IFC, o braço privado do Banco Mundial, e a maior instituição de desenvolvimento do mundo, mas também membro executivo do conselho de administração do Montepio e presidente do Montepio Valor. Tem experiência em investment banking, private equity, project finance e parcerias público privadas no Brasil e em Portugal, onde passou por bancos como o Santander, BNP Paribas e Commerzbank.
Ao que o ECO apurou, o ministro da Economia deu carta-branca a Gonçalo Regalado, diretor de marketing para empresas, corporate e PME do BCP, para escolher o board que ainda está a ser formado.
Os elementos da nova administração vão ter de passar pelo processo de fit and proper no qual o Banco de Portugal avalia os candidatos. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses. Além disso, é necessário realizar-se uma assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas.
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