Amadeu Guerra espera para breve decisão na Operação Influencer

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, espera que a decisão da Operação Influencer esteja para breve, mas alerta que depende "um bocado do processo".

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, espera que a decisão da Operação Influencer esteja para breve, mas alerta que depende “um bocado do processo”.

“Propus ao conselho a indicação de um nome para diretor do DCIAP. Irei falar com o novo diretor e iremos ter uma estratégia conjunta no sentido de verificar todos os processos que lá se encontram e fazer o ponto de situação de todos os inquéritos mais importantes que o DCIAP tem“, disse em declarações à RTP3.

Amadeu Guerra salientou que os processos esperam o tempo que “for necessário” e quando se chegar à fase final ou deduzem acusação ou arquivam o processo. “Isto significa que ainda não foi deduzida acusação nem foi arquivado o processo. Significa que o processo está pendente“, acrescentou.

Sobre as suspeitas iniciais sobre António Costa, o procurador-geral da República não confirma nem desmente. “Não sei, mas mesmo que soubesse não iria dizer. O processo está em segredo de justiça”, revela.

Um ano depois de António Costa se ter demitido do cargo de primeiro-ministro por suspeitas no âmbito da Operação Influencer, pouco aconteceu na investigação. O ex-líder socialista foi ouvido – na qualidade de declarante – não foi constituído arguido, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) garantiu ao ECO que “o inquérito encontra-se em investigação e está sujeito a segredo de justiça”.

Foi no dia 7 de novembro de 2023 que a “Operação Influencer” chegou ao palco do media, com a realização de buscas à residência oficial do na altura primeiro-ministro, António Costa, e ainda buscas de ex- membros do Governo. Esta operação levou à detenção de cinco arguidos – o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária; o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas; dois administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves; e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa – e culminou com a demissão de António Costa, a posterior queda do Governo e a marcação de eleições antecipadas.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba; o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta; o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira; e a empresa Start Campus.

Em causa estão 28 crimes: prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva – quanto a titular de cargo político, agravada – e recebimento indevido de vantagens quanto a titular de cargo público, agravado. Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, da Start Campus, estão a ser investigados por seis crimes. Diogo Lacerda Machado por quatro.

O então primeiro-ministro demitiu-se depois de se saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do MP a negócios do lítio, hidrogénio e do centro de dados em Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

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