Famílias poupam e investem mais. Empresas menos
As famílias da zona euro pouparam e investiram mais no arranque de 2017. Mas as empresas baixaram os níveis de investimento.
As famílias da zona euro pouparam mais e investiram mais no primeiro trimestre de 2017. Já as empresas baixaram o nível de investimento, quando comparado com o final de 2016. Os dados, ajustados de sazonalidade, foram revelados esta quinta-feira, pelo Eurostat.
De janeiro a março deste ano, a taxa de poupança das famílias foi de 12,3% do rendimento disponível, acima dos 12,1% registados no final de 2016 e inalterada face ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os números ainda não deixam claro se a ligeira recuperação da taxa de poupança vai marcar agora uma nova tendência. Desde o primeiro trimestre de 2009, quando atingiu os 14,5% (com a crise económica, as famílias ficaram mais cautelosas e adiaram gastos) que a taxa de poupança tem vindo a descer, estabilizando em torno dos 12%.
Contudo, tem-se verificado um movimento de ligeira recuperação nos níveis de investimento das famílias. Os dados do primeiro trimestre mostram um aumento da taxa de investimento para 8,9% do rendimento disponível, acima dos 8,6% registados no final de 2016 e dos 8,4% do primeiro trimestre do ano passado. Conforme explica o Eurostat, o investimento das famílias consiste sobretudo na compra e recuperação de habitações.
Já quanto às empresas, o investimento baixou para 22,2%, quando comparado com os 23,6% do quarto trimestre de 2016. Contudo, como explica o organismo de estatísticas de Bruxelas, o aumento significativo do final do ano passado é explicado maioritariamente por transações vindas de fora da União Europeia para a Irlanda.
Face ao primeiro período de 2016, a taxa de investimento das empresas aumentou ligeiramente (tinha sido de 22%). Os dados mostram um ligeiro e lento movimento de subida, desde o primeiro trimestre de 2003.
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