Grupo Sonae já fatura 90 milhões de euros com economia circular
Reparação de equipamentos eletrónicos, reciclagem de vestuário e venda de produtos em segunda mão são alguns dos novos modelos de negócio do grupo que detém marcas como Continente ou Worten.
As vendas do grupo Sonae provenientes de produtos e serviços circulares rondaram os 90 milhões de euros em 2023, ano em que a faturação global subiu 9,2% para 8,4 mil milhões. Em causa estão novos modelos de negócio como a reparação de equipamentos eletrónicos, a reciclagem de vestuário e a venda de produtos em segunda mão ou a granel, que “contribuem diretamente para um impacto ambiental e social positivo”.
A contabilização é feita na antecâmara da segunda edição do Innovators Forum, agendada para 27 de novembro no Pátio da Galé (Lisboa), que tem precisamente como tema a “circularidade”. A organização espera 400 participantes no evento, que terá também transmissão online, e conta com especialistas nacionais e internacionais para debater o estado atual da economia circular e “explorar caminhos para a inovação e impacto positivo”.
Além da implementação destes novos produtos e serviços que “reforçam a sustentabilidade do grupo e têm impacto positivo na comunidade a nível ambiental, económico e social”, o conglomerado sediado na Maia e liderado por Cláudia Azevedo salienta ainda que “os negócios de retalho da Sonae conseguiram valorizar 85% dos resíduos e reduzir a utilização de plástico de uso único”.
No final do ano passado, refere numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, 86% das embalagens plásticas utilizadas nos produtos de marca própria eram recicláveis e as práticas de “desperdício zero” adotadas pela MC (engloba insígnias como Continente, Meu Super, Note, Bagga, Zu ou Wells) já evitaram o desperdício de bens alimentares no valor de 66 milhões de euros.
Entre os oradores confirmados no Innovators Forum’24 destacam-se nomes como Ivone Bojoh, CEO da Circle Economy Foundation, responsável pela edição anual do Circularity Gap Report; Raphaël Masvigner (Circul’R), Gunter Pauli (economista e especialista em sustentabilidade), Marta Brazão (Circular Economy Portugal), Ana Barbosa (IKEA Portugal, Filipa Pantaleão (BCSD Portugal), Bruno Borges (Worten), Anders Åhlén (McKinsey & Co), Carlos Moedas (Câmara de Lisboa) e, pela Sonae, Sónia Cardoso e os irmãos Cláudia e Paulo Azevedo.
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