Novos comerciais da PSA obrigam Mora Portugal a expandir
Empresa francesa instalada em Arcos de Valdevez está já a ampliar a fábrica para o novo projeto ligado à construtora automóvel PSA. Investimento ascende os quatro milhões de euros.
A multinacional francesa Mora está a expandir a sua fábrica em Arcos de Valdevez, num investimento previsto de quatro milhões de euros que, “provavelmente”, chegará mesmo aos cinco milhões. A Mora Portugal é uma empresa especializada em injeção de peças técnicas termoplásticas e na fabricação de moldes para o setor automóvel, sobretudo. Instalou-se no norte do país em 2005.
A expansão da fábrica surge com a adjudicação ao grupo de um novo projeto por parte da empresa de adesivos Henkel, fornecedora da fabricante francesa de automóveis Peugeot Citröen. O novo desafio deverá duplicar o volume de negócios da Mora Portugal, sendo que os produtos em causa serão destinados ao projeto “K9 da PSA”, adiantou ao ECO o diretor-geral da Mora Portugal, Gonçalo Mendes. “Com este projeto, tornou-se imperativa a necessidade e ampliar quer a área logística quer a área comercial”, disse.
K9 será o nome de código do veículo sucessor dos comerciais ligeiros Peugeot Partner e Citröen Berlingo, que estarão a ser produzidos na PSA em Vigo, de acordo com um comunicado publicado pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
A dimensão é ainda maior do que o inicialmente esperado pela direção da empresa. “Estavam pensadas quatro máquinas de injeção novas e, afinal, teremos de chegar, se calhar, às sete”, referiu. “Tinha a estimativa de que chegaríamos aos dez milhões de euros [em volume de negócios] em quatro ou cinco anos. Com este incremento, provavelmente chegaremos lá mais cedo”, considerou, admitindo ser possível chegar a esse valor em três anos.
Para fazer face ao novo desafio, a Mora Portugal deverá contratar “entre 20 e 30 pessoas mais”. Serão dez as vagas a preencher “até ao final deste ano” e as restantes nos anos seguintes. As vagas existentes são para “operadores de produção”, “técnicos de logística”, “técnicos de qualidade”, “manutenção”, “alguns quadros superiores para a administração”, entre outras, adiantou Gonçalo Mendes.
Os trabalhos de ampliação começaram no final do primeiro trimestre e estão sob a alçada da construtora DST, num incremento do volume de negócios do grupo que deverá ascender a 1,3 milhões de euros, indicou a DST num comunicado. Para o presidente do conselho de administração do grupo, José Teixeira, a obra é um “motivo de satisfação redobrada”. O processo contribuirá ainda “para a dinamização da economia local e nacional”, declarou.
O projeto resultará na “ampliação do edifício destinado à produção logística, com uma área aproximada e 3.000 m2, bem como do edifício administrativo e equipamentos sociais”. A obra terá, no final, mais de 140 toneladas de estrutura metálica, cujo “corte e moldagem” é realizado pela Steelgreen. Veja as imagens:
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