Residência de estudantes em Seia vai ficar 758 mil euros mais cara
Residência de estudantes, que vai nascer em antigas instalações fabris em Seia, vai custar 3,79 milhões em vez dos 3,04 milhões inicialmente previstos. Obra é do PRR.
Mais camas de alojamento estudantil a custos acessíveis, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vão ficar mais caros. Uma atualização dos valores deste contrato revela que a fatura da residência de estudantes, que vai nascer em antigas instalações fabris em Seia, vai subir cerca de 758 mil euros.
Num despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República, o ministro da Educação atualizou os valores previstos para a construção de 101 novas camas de alojamento estudantil a custos acessíveis. A residência vai nascer em antigas instalações fabris da FISEL, para dar resposta aos estudantes deslocados da Escola Superior de Turismo e Hotelaria, do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Mas, em vez de custar cerca de três milhões de euros, como estava inicialmente previsto, afinal vai custar 3,79 milhões.
“A residência de Seia, aquando da sua candidatura, projetou 100 camas. Em fase de projeto chegaram a conclusão de que a residência tinha capacidade para 101 camas“, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Educação. O “despacho apenas altera o financiamento da residência, uma vez que alterando o número de camas, altera o valor financiável do projeto“, acrescenta a mesma fonte.
O valor desta obra já tinha sido atualizado, em maio, quando outros projetos o foram face ao custo estimado em janeiro de 2022, que apontava para 30.046 euros o custo de cada cama, quando estava em causa a construção de novos edifícios, adaptação de edifícios ou frações existentes e a compra de edifícios ou frações.
Em maio, o cálculo apontava para que esta residência universitária em vez de custar três milhões de euros com 100 camas, custasse 3,75 milhões com 101, ou seja, um aumento de 750 mil euros, muito superior ao custo estimado por cama. Mas, no espaço de seis meses o custo da obra agravou-se em mais 37.588 euros. Face ao custo inicial previsto, se estivessem desde sempre projetadas 101 camas, o aumento é de 758 mil euros.
As obras do PRR têm sofrido com a escassez de mão-de-obra, mas também com a subida dos preços dos materiais de construção. Para fazer face aos problemas de falta de trabalhadores, o Executivo está a trabalhar numa via verde para as empresas que assegurarem contrato de trabalho, alojamento digno e formação profissional aos trabalhadores empregados, avançou o Expresso esta sexta-feira.
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