Nomura aumenta “significativamente” exposição à dívida portuguesa

Fundo de investimento do banco japonês está otimista em relação ao país. Dá crédito à retoma da economia e acredita na estabilidade política em Portugal.

Depois da aposta do Saxo Bank em ações portuguesas, agora é o Nomura que diz que está a aumentar “significativamente” a sua exposição à dívida nacional por causa da retoma económica e da estabilidade da gerigonça.

Richard Hodges, gestor do Nomura Global Dynamic Fund, explicou que o fundo de investimento do banco japonês reforçou a sua carteira com obrigações portuguesas devido aos “fundamentais relativamente sólidos e à estabilidade política” do país.

Numa nota de investimento citada pela Bloomberg, Hodges lembrou que inicialmente o Nomura comprou dívida portuguesa enquanto assumia uma posição curta em obrigações italianas na esperança de queda dos títulos italianos. O banco esperava ganhar com o aumento do diferencial entre as taxas portuguesas e italianas, o que não veio a acontecer. Nesse cenário, mudou de estratégia: apostou no aumento dos spreads portugueses em relação às Bunds alemães.

Com a subida das taxas de juros das obrigações alemãs na sequência dos comentários mais conservadores de Mario Draghi no final de junho, o Nomura diz que realizou lucros com essa estratégia, mas que manteve a exposição a Portugal, escreveu Hodges.

O diferencial entre as taxas de juro a dez anos de Portugal e da Alemanha atingiu os 249 pontos percentuais a 4 de julho, tratando-se do mais baixo spread desde janeiro de 2016. A yield da dívida portuguesa a dez anos está a 3,15%, depois ter estado recentemente abaixo da fasquia dos 3%. Portugal regressa aos mercados esta quarta-feira.

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