Modelo de smart city de Cascais é “perfeitamente escalável”
Miguel Eiras Antunes, da Deloitte, assumiu que o modelo de cidade inteligente que está a ser aplicado em Cascais é "perfeitamente escalável", até para Nova Iorque. "Cascais é pioneira", disse.
O mercado de soluções e serviços para cidades inteligentes valia, já em 2016, 36,8 mil milhões de dólares. Até 2025, valerá 88,7 mil milhões. Os números foram apresentados por Miguel Eiras Antunes, partner da Deloitte, no fecho da conferência sobre “Smart Cities & Smart Tourism” promovida pelo ECO em Cascais esta quinta-feira. “Somos, tal como vocês, um dos agentes de um ecossistema muito grande. Achamos que esta é uma área de grande aposta”, referiu.
A Deloitte aponta esta tendência como necessária devido a questões como a “urbanização sem precedentes”, a “tendência verde”, a “proteção e segurança” dos cidadãos, a “inovação exponencial” e ainda a “transparência do Governo”. As soluções tecnológicas podem, assim, servir como motores de melhoria da qualidade de vida, da competitividade económica e de sustentabilidade para as cidades modernas.
Queremos usar Cascais como exemplo vivo internacional, e replicar Cascais em inúmeros outros contextos.
A estrutura de uma cidade inteligente, para a consultora, engloba seis pilares: Smart Living, Smart Governance, Smart People, Smart Mobility, Smart Economy e Smart Energy & Environment. “O que é que Cascais está a fazer nestas seis dimensões? Hoje, já temos imensos exemplos de quase tudo”, garantiu Miguel Eiras Nunes na conferência. “Há aqui oportunidades: atração de investimento estrangeiro para este living lab que está em criação em Cascais, e é uma oportunidade para atrair empresas para este ecossistema. É um pouco, hoje, um ambiente vivo de experimentação”, referiu.
“Queremos usar Cascais como exemplo vivo internacional, e replicar Cascais em inúmeros outros contextos. A oportunidade é para a Deloitte, mas os parceiros e soluções têm também oportunidades grandes”, garantiu o partner da consultora. “Se for por uma questão de contexto habitacional ou de economia, é perfeitamente escalável. Até para Nova Iorque”, indicou.
E concluiu: “Cascais é pioneira, de acordo com a nossa opinião, daquilo que temos visto. Tem os stakeholders mobilizados, tem uma autarquia relativamente flexível e com vontade de aderir a estas novas tecnologias e tem as características para ser um campo de experimentação”, apontou Miguel Eiras Antunes.
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