Trabalhadores em regime híbrido são os que se sentem mais realizados com emprego

Regime híbrido ou remoto assegura maior bem-estar, realização no emprego e até confiança no desenvolvimento de carreira, mas também são esses os trabalhadores mais abertos a mudar de trabalho.

Mais de oito em cada dez dos que trabalham em regime híbrido — isto é, ora à distância, ora de modo presencial — dizem-se realizados com os seus empregos. De acordo com um novo estudo da empresa de recursos humanos ManpowerGroup, entre os trabalhadores completamente remotos e os trabalhadores presenciais esse sentimento é mais fraco.

“Quanto questionados sobre o sentimento de realização com o trabalho, os profissionais em modelos híbridos lideram, com 83% a considerar o seu trabalho significativo e com propósito, superando os seus pares que trabalham em modelos remotos (80%) e presenciais (79% entre os que o fazem por opção e 78% entre os que o fazem por imposição da organização)”, explica o ManpowerGroup, que ouviu cerca de 12 mil trabalhadores a nível global sobre 12 indicadores-chaves (entre os quais, a satisfação no trabalho).

Também no que diz respeito ao índice de bem-estar, os trabalhadores que exercem as suas funções em modelo híbrido ou remoto saem melhor na fotografia do que aqueles que o fazem de forma presencial: 72% dos primeiros apontam equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, contra 57% dos segundos.

Por outro lado, o estudo conhecido esta quarta-feira revela que, “contrariamente à perceção de que o alinhamento com os valores e propósito da empresa é maior nos modelos presenciais“, são os trabalhadores híbridos ou remotos que conseguem uma melhor classificação neste indicador.

Contrariamente à perceção de que o alinhamento com os valores e propósito da empresa é maior nos modelos presenciais, observam-se igualmente valores superiores, neste indicador, para os modelos híbridos e remotos.

Global Talent Barometer

Outro dado que espelha as vantagens dos modelos mais inovadores de trabalho é que “a confiança nas oportunidades de desenvolvimento de competências é igualmente mais elevada nos modelos híbridos (77%) e remotos (74%), comparativamente aos trabalhadores em regime presencial imposto (68%)”. “Contudo, quando o modelo presencial é uma escolha do trabalhador, o índice de confiança sobe para 73%”, ressalva a ManpowerGroup.

São também os trabalhadores em regime híbrido ou remoto aqueles que apresentam maior confiança nos seus gestores para apoiar o seu desenvolvimento de carreira (ambos com 69% contra 60% entre os trabalhadores em modelos presenciais por opção e 56% entre profissionais em modelos presenciais por imposição da empresa).

Mas nem tudo são rosas no modelo híbrido ou remoto. Segundo o novo estudo, o sentimento de segurança no emprego atual é superior para os trabalhadores em modelos presenciais e os trabalhadores nos regimes inovadores têm “uma maior propensão para mudar de emprego nos próximos seis meses“.

“Os dados deste barómetro refletem um paradoxo importante: embora os modelos remotos e híbridos promovam um maior bem-estar, confiança no desenvolvimento profissional e mesmo alinhamento com os valores da empresa, apresentam também desafios em termos de retenção de talento devido à maior probabilidade de mudança de emprego”, assinala, assim, o ManPowerGroup.

“Perante esta realidade, as empresas que desejam atrair e reter talento devem apostar em estratégias que combinem flexibilidade, apoio ao desenvolvimento de carreira e acesso às ferramentas adequadas, independentemente do modelo de trabalho adotado, desenvolvendo abordagens adaptadas para fomentar o bem-estar, a satisfação e a confiança em todos os seus trabalhadores”, sublinha a empresa de recursos humanos.

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