Mudança no Plano Diretor de Cascais investigada pela PJ
A Polícia Judiciária suspeita de que tenham sido feitas mudanças no PDM de Cascais que favoreceram, propositadamente, o fundo imobiliário Lusofundo, através da Fundação Aga Khan.
A Polícia Judiciária está a investigar uma alteração feita ao Plano Diretor Municipal (PDM) de Cascais que aparenta ter favorecido o fundo imobiliário Lusofundo, escreve esta quarta-feira o Diário de Notícias. Em 2014, a Fundação Aga Khan iria criar uma academia na zona de Birre, num terreno detido pelo Lusofundo, e o PDM foi alterado de maneira a que a qualificação do terreno o permitisse. No entanto, a Fundação Aga Khan recuou da criação da academia, mas o fundo imobiliário decidiu urbanizar, de qualquer forma, aquela zona, estando a mudança no PDM já feita.
De acordo com o Diário de Notícias, foram feitas buscas na Norfin, entidade gestora do Lusofundo, e na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
Os terrenos, que então estavam qualificados como agrícolas, passaram a ser considerados área urbana com a mudança em 2014. Movimentos cívicos começaram a mobilizar-se logo a partir de 2014 para contestar a criação de grandes empreendimentos imobiliários nesta zona de Birre, junto ao Parque Natural Sintra-Cascais e à praia do Guincho.
A Polícia Judiciária suspeita que a Fundação Aga Khan foi “instrumentalizada” de maneira a favorecer o fundo Lusofundo e a permitir a criação de empreendimentos imobiliários na zona. Ao DN, fonte da fundação declarou que a desistência da criação da academia se deveu à oposição local à construção naquela zona. No entanto, afirmou que a fundação não se considera usada: “A Fundação defendeu sempre um processo negocial transparente e claro”.
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