BPI aprova a OPA do CaixaBank
Violas votam contra e a Santoro saiu da sala antes da votação acontecer. Administração do BPI aprova OPA, mas sugere que o preço podia ser superior aos 1,134 euros oferecidos pelo CaixaBank.
O BPI pronunciou-se esta tarde sobre a OPA obrigatória lançada pelo CaixaBank. O relatório sobre a operação foi aprovado com os votos contra da Holding Violas Ferreira, tal como era esperado, apurou o ECO. A Santoro de Isabel dos Santos não votou, tendo saído da sala antes da votação ter ocorrido.
A administração do BPI pronunciou-se também sobre o preço da oferta, reconhecendo que o preço da OPA é inferior ao valor do banco. A administração da instituição liderada por Fernando Ulrich dá como preço indicativo os 1,38 euros por ação. A oferta dos catalães prevê o pagamento de 1,134 euros por ação.
No relatório sobre a OPA obrigatória do CaixaBank, divulgado ao fim da tarde na CMVM pode ver-se que a gestão do BPI entende que a oferta do CaixaBank “é oportuna na medida em que pode reforçar a capacidade do BPI para enfrentar desafios e oportunidades que se colocam ao setor bancário”. O BPI considera também a oferta como amigável “por provir de uma instituição financeira de grande credibilidade”. E ainda por promover o desenvolvimento em Portugal de atividades de prestação de serviços a favor do BPI e do CaixaBank suscetíveis de contribuir para a criação de empregos qualificados em Portugal”
Já quanto ao preço a gestão do BPI mostra algumas divergência com o preço proposto pelos catalães. O banco liderado por Fernando Ulrich começa por afirmar que “entende que no momento atual, a determinação de um preço para o BPI é particularmente difícil”. Assim a valorização referida pela administração de 1,38 cêntimos por ação resulta do valor da atividade doméstica, que segundo o relatório é de 1,06 euros por ação. Um valor que inclui já a venda dos 2% do BFA à Unitel. A presença internacional por seu turno tem uma valorização de 0,32 euros por ação, incorporando já este valor os 0,27 euros por ação resultantes da valorização de 48,1% do BFA.
O BPI tinha o prazo de oito dias para elaborar um relatório sobre a OPA obrigatória, depois do CaixaBank ter submetido um novo pedido de registo da OPA junto da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, em virtude da oferta ter passado de voluntária a obrigatória. Uma consequência da desblindagem dos estatutos do banco, que ocorreu na última assembleia geral de acionistas.
Ainda no relatório pode ler-se que o CaixaBank prevê gerar sinergias de 84 milhões de euros durante um período de 3 anos. Desse montante 39 milhões de euros resultam de uma descida de custos gerais e 45 milhões de euros correspondem a uma poupança com custos de pessoal. A gestão do BPI adianta que a redução do pessoal será feita “dando prioridade a reformas antecipadas e lay-offs incentivados”. O BPI diz ainda que “esse cenário seria compatível com a saída de perto de mil colaboradores, tendo por base os custos com pessoal médios e os custos médios com reformas antecipadas (ou equivalente) observados no BPI em 2016.
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