Passos Coelho: “Espero que seja desta vez que o rating melhore”
O líder do PSD espera que seja desta vez que o rating da República melhore, criticando o Governo por ter desperdiçado tempo. Passos Coelho diz que os mercados desconfiaram da geringonça.
Pedro Passos Coelho classificou a melhoria da perspetiva pela Moody’s como uma “boa notícia”, ainda que fosse aguardada, relembrando a decisão semelhante da Fitch. O líder do PSD, em declarações transmitidas pelas televisões na Póvoa de Varzim, pediu ao Governo que se foque na redução do rácio da dívida pública em percentagem do PIB. Para o futuro, o social-democrata espera que seja desta vez que o rating da República melhore.
“É bom que o Governo cumpra aquilo que é o objetivo do défice e que preste também atenção à evolução do rácio da dívida pública que será importante para as agências de notação financeira“, afirmou o ex-primeiro-ministro. São estes os dois pedidos do líder da oposição que espera uma subida do rating “durante o próximo ano”. “O próximo passo mais importante que nós precisamos é que dívida portuguesa possa ser considerada como uma boa dívida de investimento”, assinalou.
“Se esta tendência que tem oscilado um bocadinho nos últimos meses de agravamento da dívida pública [se mantiver] poderia ficar comprometido o objetivo da melhoria do ‘rating’”, alertou. Passos Coelho disse esperar “que o Governo seja sensível a esses sinais e, até ao final do ano, faça tudo o que está ao seu alcance para que o rácio da dívida pública venha a baixar”. A subida do rating é, na opinião do líder da oposição, “essencial para a melhoria das condições de vida dos portugueses, do emprego, da qualidade de vida dos cidadãos e melhoria do rendimento”.
"O importante é que exista essa expectativa [de subida do rating].”
Apesar de deixar críticas à atual solução governativa por causa da incerteza que criou, Passos Coelho reconhece que esta melhoria do outlook é um fator “bom para o país”: “O importante é que exista essa expectativa [de subida do rating]”. O líder do PSD espera que siga aconteça porque terá “repercussões muito significativas noutro tipo de investidores que podem ser atraídos não apenas para a dívida pública, mas também para o investimento privado no nosso país e isso é muito relevante”, argumentou.
O líder da oposição espera que esse momento possa compensar aquilo que foi vivido nos primeiros meses do atual Executivo. “Quer no final de 2015, quer nos primeiros trimestres de 2016, o investimento recuou. As pessoas adiaram as suas decisões, ficaram à espera”, disse, acusando o Governo de “desperdiçar tempo” e de aplicar um “plano B” no défice para dar o sinal positivo às agências de rating.
(Atualizado às 18h21)
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