Fischer demite-se da Fed. Yellen perde o braço direito
O vice-presidente da Reserva Federal dos EUA enviou uma carta ao presidente dos EUA, onde informa que irá abandonar o cargo. A data prevista para a sua saída é 13 de outubro.
A presidente da Reserva Federal dos EUA está perto de perder o seu braço direito. Stanley Fischer, vice-presidente do banco central norte-americano, prepara-se para abandonar o cargo, informação que já comunicou ao presidente dos EUA por carta, avança a Bloomberg.
Na carta enviada a Donald Trump divulgada pela Fed nesta quarta-feira, Fischer aponta “razões pessoais” para justificar a sua saída da Fed que se tornará efetiva a 13 de outubro. O economista que foi nomeado para o cargo no banco central norte-americano por Barack Obama em 2014 sai assim antes de concluir o mandato que termina em junho de 2018.
“Foi um grande privilégio servir a Reserva Federal, e em especial, de trabalhar ao lado da presidente [Janet Yellen], bem como com muitos outros homens e mulheres talentosos e dedicados de todo o sistema da Reserva Federal”, escreveu Fischer na carta enviada a Donald Trump.
Stanley Fischer salientou também pela positiva o rumo da economia durante o período em que esteve na Fed. “Durante o meu tempo no banco central, a economia continuou a fortalecer, permitindo milhões de empregos adicionais para os trabalhadores americanos”, escreveu Fischer. “Construímos sobre os passos iniciais de tornar o sistema financeiro mais forte e mais resiliente”, acrescentou.
A renuncia de Fischer dá margem a Donald Trump para avançar com a sua tão desejada mudança no conselho de governadores da Fed. Com a sua saída ficam livres quatro dos sete assentos no orgão. O mandato de Janet Yellen termina em fevereiro do próximo ano, sendo que Donald Trump já disse que a sua continuidade como presidente do banco central dos EUA estava a ser considerada, embora a Casa Branca também esteja a olhar para outros candidatos para o cargo. De acordo com uma poll de economistas sondados pela Bloomberg, a opção de Trump será escolher outra pessoa para o cargo.
Economista respeitado, antes de ser escolhido para a Fed, Stanley Fischer foi vice presidente do Citigroup, vice diretor geral do FMI, antigo economista chefe do Banco Mundial. Foi ainda governador do Banco de Israel entre 2005 e 2013.
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