Pimco aceita oferta. Desbloqueia o processo de venda do Novo Banco
A Pimco aceitou as condições da oferta de recompra de obrigações do Novo Banco, desbloqueando assim o processo de venda. A luz verde vai ser dada na assembleia geral da próxima sexta-feira.
A Pimco aceitou as condições da oferta de recompra de obrigações do Novo Banco, desbloqueando assim o processo de venda. A decisão da gestora foi avançada pelo Dinheiro Vivo e confirmada pelo ECO. A luz verde vai ser dada na assembleia geral de credores do banco liderado por António Ramalho, a decorrer esta sexta-feira. O prazo de aceitação da oferta termina no dia 2 de outubro.
O Novo Banco apresentou aos obrigacionistas seniores uma proposta de troca de dívida para que este conseguisse juntar uma almofada adicional de capital de 500 milhões de euros. Em troca das obrigações detidas, os credores iriam receber dinheiro, com cada uma a ser avaliada ao preço de mercado. Semanas mais tarde, o ECO avançou que um grupo de grandes investidores do Novo Banco, entre os quais a Pimco, tinha expresso o seu desagrado em relação a esta oferta através de uma carta.
No princípio deste mês, o Novo Banco conseguiu garantir em AG 28% da dívida alvo da oferta, mas a falta de quórum necessário para a totalidade das linhas de dívida obrigou a instituição bancária a realizar uma segunda assembleia, a decorrer nesta sexta-feira, dia 29 de setembro. Ainda que não seja conhecida a percentagem exata de obrigações que a Pimco vai concordar em trocar, é certo que a gestora tem um papel determinante.
O ok da Pimco permite atingir a almofada de, pelo menos, 500 milhões de euros, necessária para preencher as condições para a concretização da compra por parte do Lone Star. Com os norte-americanos a comprometerem-se a injetar mil milhões de euros para reforçar os capitais, o Novo Banco tem de reforçar a solidez através desta operação de recompra de obrigações.
A inevitabilidade do sucesso desta oferta foi também sublinhada por Ricardo Mourinho Félix. Em entrevista ao ECO, o secretário de Estado-adjunto das Finanças e braço direito do ministro Mário Centeno afirmou que os investidores “conhecem a sua importância no processo” e “sabem que uma não-participação põe em causa que se conclua o processo de venda à Lone Star”. Tendo em conta que “um fracasso da venda tem consequências gravosas”, o secretário de Estado-adjunto mostrou confiança em como estes “não vão pôr em causa o processo de venda”.
(Notícia atualizada às 14h00 com mais informações)
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