Opte por dívida portuguesa e não espanhola: é o conselho da JP Morgan
JP Morgan aconselha os investidores a venderem títulos de dívida espanhola o quanto antes e a adquirirem títulos de dívida portuguesa e alemã. Nas causas está o clima que se vive na Catalunha.
Os analistas da JP Morgan aconselham os investimentos em dívida portuguesa, ao invés dos investimentos em dívida espanhola. E, tudo isto, devido ao clima de tensão que se tem vivido na Catalunha.
A sociedade gestora deixou um conselho aos seus clientes: vender dívida espanhola e adquirir títulos da dívida portuguesa e alemã. E devem fazê-lo o quanto antes, porque o movimento de independência da Catalunha vai trazer consequências na bolsa a curto prazo e provocar sérias perdas.
"A equipa da JP Morgan recomenda diminuir posições na dívida a dez anos espanhola e apostar em Portugal e na Alemanha.”
No documento, os analistas alertam ainda para o facto de, até ao momento, a reação do mercado face ao referendo do próximo dia 1 de outubro foi muito morna. “A crise institucional que Espanha sofre como consequência do separatismo da Catalunha está a ser analisada com uma certa complacência por parte dos investidores, que deveriam estar a adotar posições curtas”, consta no comunicado.
A JP Morgan antecipa ainda que haverá consequências para a dívida empresarial, com subidas de dez a 15 pontos-base. A Gas Natural, Repsol e Iberdrola serão alguns desses exemplos. Esses efeitos negativos já foram sentidos em outras empresas, como a o Banco Sabadell ou a CaixaBank, que sofreu uma queda significativa de quase 4%, correspondendo ao pior valor do dia.
Como se não bastasse, o principal índice de referência espanhol, Ibex, sofreu uma queda de 1% e esteve perto de perder mais de dez mil pontos, numa sessão onde as restantes praças europeias fecharam quase planas. “A incerteza política em Espanha continua a criar uma falha entre o Ibex e os restantes índices europeus”, adiantou o Self Bank.
As advertências, tanto do mercado como de analistas e investidores, vêm sendo cada vez mais. Carlos Perelló, diretor geral da Natixis para Portugal e Espanha, advertiu numa entrevista que “se a situação se tornar tensa, com a violência nas ruas e o confronto entre as diferentes forças policiais, a Espanha acabará imediatamente com todo o investimento estrangeiro”.
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